A proposta para um acordo de paz, elaborada por Washington, requer que a Ucrânia abdique de territórios e reduza as suas forças armadas. O enviado especial de Donald Trump estará no centro das negociações com Moscovo em relação a este plano, sobre o qual Kiev não terá tido uma palavra a dizer. Os Estados Unidos da América (EUA) avisaram Volodymyr Zelensky de que a Ucrânia terá de aceitar um plano elaborado por Washington para pôr fim à guerra com a Rússia. O documento propõe que a Ucrânia renuncie a territórios e a algumas armas. De acordo com a agência Reuters, que cita duas fontes familiarizadas com o caso que pediram para não serem identificadas, a proposta inclui cortar na dimensão das forças armadas ucranianas.
A Reuters adianta que um alto funcionário ucraniano confirmara que Kiev recebeu “sinais” em relação a um conjunto de propostas dos Estados Unidos para pôr fim ao conflito – propostas essas que terão sido discutidas com a Rússia, mas sobre as quais a Ucrânia não teve uma palavra a dizer. Segundo os meios de comunicação norte-americanos, a proposta terá 28 pontos e o enviado especial de Donald Trump, Steve Witkoff, estará no centro das negociações deste plano com Moscovo, após o Kremlin ter alegadamente revelado abertura para um acordo. Altos responsáveis do exército norte-americano estarão agora em Kiev, onde terão já acontecido encontros com altos representantes ucranianos, naquilo que é visto como um sinal de pressão dos EUA com vista a pôr fim ao conflito.
Não existiram conversações presenciais entre Kiev e Moscovo desde julho, quando delegações dos dois países estiveram reunidas em Istambul. Apesar de ambos os lados terem mantido conversações com Washington, a Rússia não mostrou disponibilidade para alterar as condições sob as quais aceitará baixar as armas – e que implicam, precisamente, que a Ucrânia ceda territórios e que não adira à NATO. Exigências que Volodymyr Zelensky tem sempre rejeitado. Um acordo desta natureza representaria um grande revés para a administração de Zelensky, que não tem conseguido responder aos novos ganhos territoriais da Rússia no leste da Ucrânia e que está a lidar com um escândalo interno de corrupção, que já levou à demissão de ministros (Lusa)

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