Um empate técnico a três marca a sondagem da Pitagórica para TSF/JN/TVI/CNN Portugal: Gouveia e Melo perdeu terreno para Marques Mendes. Seguro segue próximo. Ventura perde com todos na segunda volta. Cotrim é quem mais sobe. Catarina lidera à esquerda. O empate persiste, mas é Luís Marques Mendes quem agora lidera as intenções de voto nas Presidenciais de 18 de janeiro e quem surge como o candidato vencedor numa eventual segunda volta.
Pela primeira vez, nesta sondagem, Marques Mendes ultrapassa Henrique Gouveia e Melo, embora os dois e também António José Seguro ainda estejam dentro da margem de erro que é de cerca de 3pp. Marques Mendes lidera com 22, 6%, um pouco acima dos 21,1% do almirante na reserva. Neste pelotão da frente e ainda dentro das margens do empate técnico, António José Seguro, com 17,4%, beneficia também da queda de Gouveia e Melo, que tem vindo a perder terreno nos últimos meses e cai mais de 5pp, em relação ao mês passado.
Mendes bate todos na segunda volta
Marques Mendes também leva vantagem numa eventual segunda volta já que, de acordo com este estudo, venceria todos. A margem menor seria sobre António José Seguro (apenas 4pp), mas Mendes ganha com maior folga se o adversário for Gouveia e Melo (46%-39%) e ainda mais se for André Ventura. Já António José Seguro só perderia eventualmente para Marques Mendes, vencendo, com folga, tanto Gouveia e Melo como Ventura. No caso de Henrique Gouveia e Melo, só sairia vencedor se do outro lado estivesse André Ventura.
Quem vota em quem?
Analisando o voto nas últimas legislativas, é André Ventura quem mais segura o eleitorado, embora com uma quebra, já que metade dos que votaram no Chega mantêm o voto em Ventura. Marques Mendes agarra cerca de 40% do eleitorado da AD, 18% ponderam o voto em Gouveia e Melo e outros 17% em Cotrim de Figueiredo. Seguro também retém 40% dos eleitores socialistas, embora 26% de quem assume o voto no PS opte por Gouveia e Melo. O almirante na reserva obtém os melhores valores entre os homens, nas classes mais baixas e na Grande Lisboa. Marques Mendes vence junto das mulheres, classe alta e a Norte e consegue ultrapassar André Ventura no voto mais jovem. Já António José Seguro tem melhor prestação junto dos mais velhos. Agora, mais perto do início oficial da campanha, existem menos indecisos: eram mais de 17% agora são cerca de 13%.
Maioria quer PR "imparcial" face ao Chega e sem dissolução da AR
A grande maioria (62%) mantém que o Presidente deve ser imparcial face a uma eventual entrada do Chega no Governo. Já 20% consideram que o PR deve promover a entrada do Chega no Executivo, se isso garantir a estabilidade política, mas neste mês aumentou quem afirma que, pelo contrário, deve ser impedida essa entrada, mesmo que isso cause instabilidade. Em relação ao mês passado cresce também o número de quem defende que o Presidente não deve dissolver o Parlamento em caso de chumbo do Orçamento do Estado (62%). Pelo contrário, 34% consideram que, nesse caso, deveria dissolver. Nos temas que devem ser a prioridade de intervenção do próximo Presidente da República, a Saúde cresce 16pp face mês passado (37%), seguem-se em queda (9%) a política de imigração e a habitação (8%).
FICHA TÉCNICA:
Sondagem realizada pela Pitagórica para a TSF/JN/TVI/CNN Portugal, com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com as eleições presidenciais de 2026. O trabalho de campo decorreu entre os dias 5 e 14 de novembro. A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores recenseados em Portugal e foi devidamente estratificada por género, idade e região. A taxa de resposta foi de 52,47%. As mil entrevistas telefónicas recolhidas correspondem a uma margem de erro máxima de +/- 3,16% para um nível de confiança de 95,5%. A direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva (TSF)


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