terça-feira, novembro 18, 2025

Presidenciais: Marques Mendes, pela primeira vez, com vantagem sobre Gouveia e Melo. Cotrim sobe


Um empate técnico a três marca a sondagem da Pitagórica para TSF/JN/TVI/CNN Portugal: Gouveia e Melo perdeu terreno para Marques Mendes. Seguro segue próximo. Ventura perde com todos na segunda volta. Cotrim é quem mais sobe. Catarina lidera à esquerda. O empate persiste, mas é Luís Marques Mendes quem agora lidera as intenções de voto nas Presidenciais de 18 de janeiro e quem surge como o candidato vencedor numa eventual segunda volta.

Pela primeira vez, nesta sondagem, Marques Mendes ultrapassa Henrique Gouveia e Melo, embora os dois e também António José Seguro ainda estejam dentro da margem de erro que é de cerca de 3pp. Marques Mendes lidera com 22, 6%, um pouco acima dos 21,1% do almirante na reserva. Neste pelotão da frente e ainda dentro das margens do empate técnico, António José Seguro, com 17,4%, beneficia também da queda de Gouveia e Melo, que tem vindo a perder terreno nos últimos meses e cai mais de 5pp, em relação ao mês passado.

Segue-se André Ventura com 14,7%, a 1,6 pp da zona de empate técnico, embora, numa eventual segunda volta, saia a perder com todos os principais candidatos. João Cotrim de Figueiredo com 12,6% é aquele que mais sobe - são 3,5 pp em relação a outubro e está a cerca de 2pp de Ventura. Entre os candidatos que pretendem representar o espaço da esquerda, Catarina Martins destaca-se com 4,4%, acima de António Filipe (2,5%) e de Jorge Pires (1,4%).

Mendes bate todos na segunda volta

Marques Mendes também leva vantagem numa eventual segunda volta já que, de acordo com este estudo, venceria todos. A margem menor seria sobre António José Seguro (apenas 4pp), mas Mendes ganha com maior folga se o adversário for Gouveia e Melo (46%-39%) e ainda mais se for André Ventura. Já António José Seguro só perderia eventualmente para Marques Mendes, vencendo, com folga, tanto Gouveia e Melo como Ventura. No caso de Henrique Gouveia e Melo, só sairia vencedor se do outro lado estivesse André Ventura.

Quem vota em quem?

Analisando o voto nas últimas legislativas, é André Ventura quem mais segura o eleitorado, embora com uma quebra, já que metade dos que votaram no Chega mantêm o voto em Ventura. Marques Mendes agarra cerca de 40% do eleitorado da AD, 18% ponderam o voto em Gouveia e Melo e outros 17% em Cotrim de Figueiredo. Seguro também retém 40% dos eleitores socialistas, embora 26% de quem assume o voto no PS opte por Gouveia e Melo. O almirante na reserva obtém os melhores valores entre os homens, nas classes mais baixas e na Grande Lisboa. Marques Mendes vence junto das mulheres, classe alta e a Norte e consegue ultrapassar André Ventura no voto mais jovem. Já António José Seguro tem melhor prestação junto dos mais velhos. Agora, mais perto do início oficial da campanha, existem menos indecisos: eram mais de 17% agora são cerca de 13%.

Maioria quer PR "imparcial" face ao Chega e sem dissolução da AR

A grande maioria (62%) mantém que o Presidente deve ser imparcial face a uma eventual entrada do Chega no Governo. Já 20% consideram que o PR deve promover a entrada do Chega no Executivo, se isso garantir a estabilidade política, mas neste mês aumentou quem afirma que, pelo contrário, deve ser impedida essa entrada, mesmo que isso cause instabilidade. Em relação ao mês passado cresce também o número de quem defende que o Presidente não deve dissolver o Parlamento em caso de chumbo do Orçamento do Estado (62%). Pelo contrário, 34% consideram que, nesse caso, deveria dissolver. Nos temas que devem ser a prioridade de intervenção do próximo Presidente da República, a Saúde cresce 16pp face mês passado (37%), seguem-se em queda (9%) a política de imigração e a habitação (8%).

FICHA TÉCNICA:

Sondagem realizada pela Pitagórica para a TSF/JN/TVI/CNN Portugal, com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com as eleições presidenciais de 2026. O trabalho de campo decorreu entre os dias 5 e 14 de novembro. A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores recenseados em Portugal e foi devidamente estratificada por género, idade e região. A taxa de resposta foi de 52,47%. As mil entrevistas telefónicas recolhidas correspondem a uma margem de erro máxima de +/- 3,16% para um nível de confiança de 95,5%. A direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva (TSF)

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