A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que representa 300 companhias aéreas mundiais, pediu maior cooperação e clareza às autoridades envolvidas na avaliação de segurança do espaço aéreo venezuelano, quando várias companhias aéreas suspenderam voos para a Venezuela. "As companhias aéreas membros da IATA mantêm o compromisso de restabelecer as operações para e a partir da Venezuela assim que as condições o permitam, e reiteram a sua disposição para manter canais de comunicação abertos com as autoridades venezuelanas", afirmou a organização num comunicado. Através desses canais podem coordenar-se ações que "garantam a segurança, a conectividade e a proteção dos direitos dos passageiros, em estrita conformidade com a normativa de segurança em vigor", acrescentou.
A IATA realçou que as suspensões de voos são "medidas temporárias, adotadas após rigorosas análises de risco para garantir a segurança de passageiros, tripulações e aeronaves". A associação adiantou que a ordem dada hoje pelo Instituto Nacional de Aeronáutica Civil da Venezuela para que as companhias aéreas retomem as operações num prazo de 48 horas sob aviso de suspensão dos direitos de tráfego "reduzirá ainda mais a conectividade para o país", já baixa em comparação com outros da região.
A autoridade aérea dos Estados Unidos apelou na última sexta-feira para as companhias aéreas "extremarem as precauções", face ao que considera "uma situação potencialmente perigosa na região", um aviso que coincide com um deslocamento militar ordenado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, para as águas das Caraíbas próximas da Venezuela, de modo a pressionar o Governo de Nicolás Maduro.
Posteriormente, em Espanha, a entidade pública Enaire informou, a pedido da Agência Estatal de Segurança Aérea (AESA), que até 1 de dezembro se recomenda fortemente aos operadores aéreos civis espanhóis não realizarem nenhum voo no espaço aéreo dentro do FIR Maiquetía (SVZM), que abrange todo o território venezuelano e se estende até ao Mar das Caraíbas. Companhias aéreas como Iberia, Air Europa e Plus Ultra suspenderam os seus voos entre Madrid e Caracas, paralelamente às suspensões de outras empresas do setor como a portuguesa TAP, a colombiana Avianca, a de Trindade e Tobago, Caribbean, a brasileira Gol, a chilena Latam ou a turca Turkish Airlines (Lusa)
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