Face ao impasse
que se vive atualmente nas negociações para constituir Governo, será que os
portugueses votariam da mesma maneira?
Uma sondagem
realizada pela Intercampus para a TVI quis saber se, sabendo o que sabem hoje,
os portugueses manteriam o sentido de voto das eleições legislativas do passado
dia 4 e os resultados mostram que cerca de 7% dos eleitores alterariam o seu
voto.
Os resultados
mostram que a coligação Portugal à Frente (PàF), que junta PSD e CDS-PP,
obteria hoje 41,3% dos votos, um valor que só muito dificilmente chegaria para
garantir maioria absoluta. O Partido Socialista conseguiria hoje 32,7%, o Bloco
de Esquerda 11% e a CDU 7,7%.
Face ao resultado
das eleições do passado dia 4, salta à vista o reforço da coligação, que sobe
quase 3 pontos, ao passo que o PS avança apenas 4 décimas. O Bloco de Esquerda
sobe também perto de oito décimas e a CDU é a única entre os principais
partidos a perder terreno: recua mais de cinco décimas.
As alterações
resultam sobretudo do desvio de votos dos pequenos partidos, que não
conseguiram eleger deputados, e que os eleitores repensariam, se voltassem hoje
às urnas.
Estes valores
foram projetados de forma científica a partir de uma sondagem que mostrou haver
ainda 8,1% de pessoas que não sabem em quem votariam ou não responderam, e 3%
de votos brancos ou nulos. Antes de ser feita a eliminação destes votos, 38%
votariam na coligação da direita, 30% no PS, 10,1% no Bloco de Esquerda e 7,1%
na CDU. Os outros partidos reuniriam apenas 3,7% dos votos.
Ficha técnica:
Esta sondagem foi
realizada pela Intercampus com o objetivo de conhecer a opinião dos portugueses
sobre temas da política nacional atual.
Foi inquirida a
população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, residente em Portugal
continental e votante nas últimas eleições legislativas.
A informação foi
recolhida com base num questionário, aplicado via telefone entre 14 e 17 de
outubro de 2015, num total de 807 entrevistas, proporcionalmente distribuídas
por género, idade e região.
O erro máximo de
amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,4%. A taxa de resposta
foi de 52,4% (TVI24)
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