sexta-feira, outubro 16, 2015

Edgar Silva candidato presidencial do PCP: “É possível um outro Portugal e está nas nossas mãos alcançá-lo”

Num discurso ligado aos valores de Abril, o candidato comunista à Presidência da República declarou esta tarde durante o lançamento da sua candidatura que é “inaceitável” a “perversa desigualdade económica” e a “degradação social”. E garantiu que irá defender outro rumo para o país assente na valorização do trabalho e dos trabalhadores. “Nos últimos anos intensificou-se o ataque à democracia e à soberania nacional. É tempo de virar a página”, afirmou na tarde desta quinta-feira Edgar Silva, no Hotel Altis, em Lisboa, durante o lançamento da sua candidatura a Belém.
O candidato comunista à Presidência da República lamentou o aprofundamento das injustiças sociais e a corrupção, defendendo um novo caminho para o país. “Conhecemos esta trajetória de descaracterização do regime democrático, de ataque à soberania e independência nacionais. Este é um rumo inaceitável”, declarou.
Segundo o antigo padre madeirense, os cidadãos não se podem “resignar à atual subordinação de Portugal aos centros do capitalismo, expressa pela União Europeia através de pactos e programas que só agridem as condições de vida dos Portugueses e comprometem o futuro do País”, disse em referência aos programas de ajustamento da troika.
Acusando o país de estar a ser “saqueado por especuladores” e de ser subordinado aos mercados e à troika, Edgar Silva assegurou que irá assumir como prioridades o combate contra a precariedade e o desemprego.
“Como candidato a Presidente da República e como Presidente da República, defenderei um outro rumo para Portugal que comporte a valorização do trabalho e dos trabalhadores, de afirmação dos seus direitos, que combata a precariedade e o desemprego, um rumo que tenha no aumento dos salários, na elevação do poder de compra, um factor decisivo de justiça social e de contribuição incontornável para reduzir as desigualdades na distribuição do rendimento”.
Sublinhou ainda que a sua candidatura a Belém é apoiada pelo partido comunista português e pelo seu líder Jerónimo de Sousa, mas garante que “não é do PCP". (Expresso)

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