segunda-feira, novembro 02, 2020

Nota: uma crise indisfarçável


A crise no sector é dura, ainda nem sequer acabou, começou muito antes da pandemia, foi desvalorizada, diria mesmo deliberadamente ignorada - há muitos outros casos por enquanto muito bem camuflados, até um dia em que a "tampa salta"... - pelo que espremido o Sindicato nada vai conseguir nada de útil. Tanto mais que este grupo de comunicação social há muito que está em dificuldade. Quanto à realidade basta ver a "depuração" havida nas redações, a precariedade salarial e laboral, a falta de estabilidade profissional, a manipulação, o condicionamento de muitos meios de comunicação social, frequentemente denunciado, e atribuído a factores exógenos que não controlam (e que não são relacionados apenas com a política, bem pelo contrário...).

Hoje a comunicação social é cada vez mais apenas e sõ comunicação televisiva. Mas a realidade é que até as empresas de televisão em Portugal estão no vermelho, sem receitas, com encargos financeiros significativos, etc, etc. Uma realidade que a pandemia agravou e que nem a "esmola" do governo de Costa de 15 milhões de euros em publicidade comprada antecipadamente - decisão que depois mergulhou na habitual teia burocrática do costume, que nada concretiza, apenas adia - resolveu. Por isso, duvido que esta intenção de despedimentos - que temo vá continuar com outras empresas - possa ser travada com meros comunicados sindicais. E comunicação social não são apenas os meios de comunicação social ditos de expressão nacional (que já não existe mais). Há a comunicação social regional cujos problemas são bem maiores e se multiplicam não sei quantas vezes (LFM) 

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