Não, desiludam-se, o processo de vacinação será
demorado, provavelmente por vários meses.
Ainda não há neste momento, vacinas para todos e de
forma rápida. As prioridades estão definidas, profissionais de saúde que estão
na primeira linha, e muito bem bem,
utentes e funcionários de lares, população mais vulnerável de acordo com
critérios já definidos, etc. Isto significa que a população em geral, que não
integra aqueles grupos, demorará meses a ser vacinada. Isto significa que nada
muda até que a milagrosa imunização (com pelo menos 70% de vacinados) não se alcance,
algo que prevejo nunca antes de Junho ou Julho.
Quer isto dizer que as pessoas não se podem iludir,
não podem pensar que basta chegar não sei quantas doses de vacina e que tudo
estará resolvido. As cautelas sanitárias devem continuar e reforçadas, o
cumprimento das regras éticas e de cidadania não podem ser descuradas e não
podem deixar de ser uma obrigação de todos, porque sem a vacinação generalizada
o perigo de contágio vai continuar. Acresce que outras vacinas - para além das
que pertencem ao fabricante Pfizer - estão ainda na fase de ultimação de testes
ou de aprovação. Neste momento não há nada aprovado para além da Pfizer, embora
os ingleses tenham aprovado a "sua" vacina, da Oxford-Astrazeneca.
A vacinação é uma esperança neste início de 2021, uma esperança fundada em factos
científicos, num enorme esforço de investigação concertada à escala mundial e
na confiança dos cidadãos. Mas as vacinação são instrumentos milagrosos, muito
menos sem que a elas todos tenham acesso generalizado e rápido. E que os países
tenham stocks para qualquer eventualidade, já que ninguém sabe se a vacinação,
por si só, resolve o problema, garante a nossa imunização efectiva e neutraliza
o maldito vírus causador da pandemia covid19.
Ou seja, numa expressão, não levantem a guarda,
continuem com os mesmos cuidados e com confiança agora reforçada. No caso da
Madeira sabe-se que a próxima remessa de vacinas da Pfizer - que
quantitativamente não resolve todos os problemas da RAM - está agendada para o
início de Fevereiro, eventualmente podendo ser antecipada para final de
Janeiro. Não há milagres. Trata-se de um processo complexo, demorado,
calendarizado, dado que estamos a falar de milhares de milhões de pessoas a
serem vacinas (LFM)
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