A pandemia do novo coronavírus em Portugal está numa das fases mais críticas de sempre, tanto no que diz respeito a infeções quanto a número de mortes, sendo que este último deve ultrapassar, até ao fim do mês de janeiro, as vítimas mortais da Guerra do Ultramar, avança o ‘Correio da Manhã’ (CM). Segundo a mesma publicação, que teve acesso aos dados disponibilizados pela Liga dos Combatentes, o conflito em questão, entre as Forças Armadas e o Movimento de Libertação das antigas Províncias Ultramarinas, causou 10.700 mortes, um marco que não demorará muito a ser ultrapassado, uma vez que a crise de saúde pública já originou, até ao momento, 8861 óbitos. Atualmente a média diária de vítimas mortais provocadas pela Covid-19 é de cerca de 150, naquela que muitos já classifica como a temida terceira vaga, uma evolução que, se continuar, nos próximos 13 dias, se prevê que cause mais 1950 óbitos. Somando esse número às atuais 8861 mortes, o resultado será superior a 10.811.
Desta forma, adianta o mesmo jornal, em menos de um ano, vão perder-se mais vidas nesta pandemia viral, do que em cerca de 13 na Guerra do Ultramar. No total, segundo o Centro de Documentação 25 de Abril, da Universidade de Coimbra, registaram-se 4027 mortes em combate, das quais 1481 em Moçambique, 1306 em Angola e 1240 na Guiné-Bissau. Os restantes tiveram que ver com acidentes e doenças. Portugal contabilizou ontem 152 mortes relacionadas com a covid-19 nas últimas 24 horas, e 10.385 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS). O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que estão internadas 4.889 pessoas, mais 236 do que no sábado, das quais 647 em cuidados intensivos, ou seja, mais nove, novos máximos em ambos os casos. Desde o início da pandemia, em março de 2020, Portugal já registou 8.861 mortes associadas à covid-19 e 549.801 infeções pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 134.011 casos, mais 5.846 do que no sábado (Executive Digest)
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