quinta-feira, janeiro 21, 2021

5 mitos sobre as vacinas contra a Covid-19 deitados por terra

 


O ceticismo em relação às vacinas contra a covid-19 e o sentimento de anti-vacinação tornou-se generalizado nos últimos meses. Muitas pessoas questionam não só a eficácia da imunização, mas também as normas de segurança e os objetivos das campanhas de vacinação.

O rápido desenvolvimento das vacinas contra a covid-19 durante o ano passado, uma tarefa urgente dadas as graves consequências causadas pela pandemia, tornou-as alvo de críticas, mitos e ceticismo. A desinformação e as fake news, que lançam dúvidas sobre a segurança e a eficácia, podem pôr em perigo vidas e a imunidade de grupo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a hesitação em relação às vacinas estava entre as 10 principais ameaças globais à saúde em 2019. A vacinação “previne 2 a 3 milhões de mortes por ano, e mais 1,5 milhões de óbitos poderiam ser evitados se a cobertura global das vacinas melhorasse”.

Agora, quando se trata de vacinas contra a covid-19, peritos e especialistas em saúde pública consideram crucial combater a desinformação que está a ser difundida sobre os as vacinas que estão atualmente a ser aplicadas.

Eis alguns dos principais mitos que circulam sobre as vacinas contra a covid-19:

Mito: As vacinas não são seguras porque foram desenvolvidas demasiado depressa

As vacinas foram submetidas a ensaios clínicos rigorosos, envolvendo milhares de participantes humanos após ensaios iniciais em animais.

As farmacêuticas insistiram que não foram feitos atalhos e os resultados dos ensaios provaram que as vacinas são seguras e eficazes. Antes de serem autorizados para utilização, os dados dos ensaios – tais como os realizados pela Pfizer/ BioNTech, Moderna e a Universidade de Oxford/ AstraZeneca – foram submetidos a um escrutínio rigoroso por parte dos reguladores, incluindo a Agência Europeia de Medicamentos, a Agência Reguladora dos Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino e a Food and Drug Administration nos Estados Unidos.

Em ensaios clínicos em fase avançada, ambas as vacinas Pfizer/ BioNTech e Moderna foram consideradas 95% e 94,1% eficazes, respetivamente, na prevenção de infeções graves do novo coronavírus. A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford/ AstraZeneca teve uma eficácia média de 70%.

Mito: As vacinas alteram o ADN

As vacinas desenvolvidas pela Pfizer/ BioNTech e Moderna contêm RNA mensageiro (ou mRNA) que instruem as nossas células sobre como desenvolver uma proteína que desencadeia uma resposta imunológica contra o vírus que causa a covid-19.

O mRNA de uma vacina contra a covid-19 nunca entra no núcleo da célula, que é onde o nosso ADN é guardado. Isto significa que o mRNA não pode afetar ou interagir com o nosso ADN de forma alguma. Em vez disso, as vacinas trabalham com as defesas naturais do organismo para desenvolver com segurança a imunidade à doença.

Mito: Se já recebi a vacina não preciso de usar máscara

Mesmo que esteja imunizado contra a covid-19, é possível que ainda possa transmitir o vírus a outras pessoas. Ainda não se sabe como é que a vacinação afeta a transmissão posterior e, até lá, as pessoas devem seguir as medidas de prevenção, tal como usar máscara, cumprir o distanciamento e lavar as mãos, para evitar a possível transmissão do vírus.

Mito: Não preciso da vacina porque já estive infetado

Embora uma infeção anterior possa fornecer às pessoas anticorpos contra uma possível reinfeção, os peritos ainda não têm a certeza quanto tempo dura esta proteção. Resultados preliminares de um estudo realizado no Reino Unido com milhares de profissionais de saúde descobriram que as pessoas que tinham sido infetadas, provavelmente, teriam alguma forma de imunidade durante pelo menos cinco meses. No entanto, os dados também sugerem que um pequeno número de pessoas com anticorpos pode ainda ser capaz de transportar e transmitir o vírus.

Mito: É possível contrair covid-19 a partir da vacina

Não se pode contrair covid-19 a partir das vacinas da Pfizer/ BioNTech ou Moderna porque não contêm vírus vivos. Entretanto, a Universidade de Oxford explicou que o ingrediente ativo da vacina da AstraZeneca “é feito a partir de um adenovírus modificado que provoca uma constipação comum nos chimpanzés”. Este vírus foi modificado para que não possa causar uma infeção e é utilizado para fornecer o código genético da proteína do coronavírus, permitindo, assim, desenvolver imunidade (Executive Digest, texto da jornalista Mara Tribuna)

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