terça-feira, janeiro 26, 2021

Nota: sem governos adultos e sérios (e os esgotos limpos dos bandalhos) não haverá dialogo entre Estado e Região

É muito importante que os governos da República e Regional passem a ter uma postura diferente, mais responsável, dialogante, séria, construtiva e adulta e que encontrem, rapidamente, os mecanismos adequados que garantam, desde logo, maior seriedade e eficácia nas relações institucionais que não podem continuar a ser deliberadamente ignoradas ou obstaculizadas, sob pena de haver populações penalizadas por causa disso.

Em segundo lugar, há que garantir que entre os protagonistas desse diálogo - e nem faço questão que ele se faça ao nível mais alto das estruturas governativas, casos de ministros ou mesmo do primeiro-ministro - são construídas, sempre e tanto quanto possível, novos tempos  de entendimento entre as duas partes que, de forma pragmática, assegurem o normal funcionamento desse relacionamento.

Limpar os esgotos da bandalhice

Em meu entender, mais do que exigir a intervenção do Presidente da República nestes canais de contacto essencialmente governativos - que reconheço tardam em ser construídos e consolidados - há que fazer uma limpeza aos esgotos que os entopem, nomeadamente afastando de uma vez por todas conhecidos bandalhos que, por motivações políticas e pessoais, tudo fazem para boicotar qualquer relação pacífica eficaz entre o Estado e Região Autónoma e insistem em deturpar, manipular e distorcer, alimentados também por uma vingança pessoal e política com os seus pares no Funchal. Pares que o escorraçaram do poleiro e "compraram", depois, o seu silêncio, quando exportaram esse pindérico para Lisboa onde masturba o seu ego e as suas vaidades tontas. Estamos a falar de uma perigosa dependência, por parte destes impreparados incompetentes, de fobias desesperadas de protagonismo pessoal vaidoso não dissociável de um conhecido desejo incontrolável de adiada vingança pessoal e política. 

Aliás, é sabido que logo depois das regionais de 2019 várias tentativas foram promovidas nos bastidores porcos da política, tentando ridicularizar determinadas pessoas, dando corpo a falsas "contestações" à liderança que lhe sucedeu, tudo isto fabricado pelo bandalho do costume, propósitos que falharam um pouco à imagem do gajo que foi sempre um derrotado no seu partido e que duvido ganhasse até uma junta de freguesia... 

Tudo isso falhou - lembro-me de quem eram os quatro alvos "prioritários" dessas campanhas nojentas, no partido que parece ser ainda o dele, conheço quais as relações (poucas) de cumplicidade partidária locais que rapidamente desmobilizaram quando perceberam o embuste -  graças ao facto de não ter contado com os fretes do costume, nalguns sectores mediáticos, aos quais recorre frequentemente com pedidos de divulgação de extensos textos noticiosos fabricados na origem, a que se juntam pedidos de "destaque" e fotografias ou solicitações de prestação de declarações sobre temas avulso. Tudo para "abafar", na arena mediática, a presença e o destaque dos tais alvos da sua vingança furiosa que continua à espera de melhor oportunidade. Há quem diga que essa peça já confidencia que aguarda pelas autárquicas...

Reclamar o PR só em caso de falhanço

Portanto, e indo ao mais importante neste tema, se os dois governos não conseguem, por si só, encontrar os mecanismos institucionais que assegurem esse diálogo essencial nestes tempos de pandemia e de crise,  independentemente das decisões tomadas para os vários problemas e dificuldades existentes, parece-me pouco sério que antes de efectuarem esse esforço, pessoal e político, se ande a reclamar do Presidente da República um papel interventor, que pode ter, aceito isso, mas que duvido deva ter sem que se esgotem todas as soluções disponíveis, se estivermos a falar de políticos e de governos sérios e adultos.

Limpar esgotos

Mas acho muito importante que, sem penduras e sem crápulas, se limpem os esgotos e libertem os canais de diálogo entupidos hoje existentes, tudo porque os partidos, PSD e PS, cá e lá, estão envolvidos numa disputa política radicalizada que dificulta diálogos e entendimentos, dado que os dois partidos e os seus dirigentes, erradamente transferem para o quadro institucional essas contradições e divergências. Ninguém garante que o diálogo institucional, para ter sucesso tem que funcionar apenas ao nível superior, de ministros ou do primeiro-ministro. Há, antes disso, um trabalho a realizar ao nível das segundas e terceiras linhas, devidamente mandatadas, onde tudo se discute e onde os documentos e esboços de decisões, são pensados, negociados e preparados, antes de passarem depois a patamares de decisão superiores. Sem interferências externas de crápulas sem escrúpulos - que não são exemplo para ninguém, quer na política, quer na vida - que usam permanentemente a política como plataforma para a distorção da discussão. Aliás cada vez mais a política está farta desses bandalhos que aí andam à solta e que fazemos bem em exportar.

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