terça-feira, novembro 28, 2023

Sondagem: direita sem Chega vale o mesmo que toda a esquerda

Os partidos de direita todos juntos, sem o Chega, valem tanto como os partidos de esquerda, incluindo o PAN. É o que revela a sondagem de Novembro do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica (Cesop) para o PÚBLICO, RTP e Antena 1. O PSD obtém 29%, a Iniciativa Liberal 9%, o CDS 2%, o que representa 40% das intenções de voto. O PS com 28% somado com a CDU (3%), BE (6%), o Livre (2%), e o PAN (2%) consegue formar um bloco que recolhe 41% das intenções de voto. Isto significa que os dois blocos têm praticamente a mesma força, sem ter em conta o Chega. Com o partido de André Ventura, um bloco de direita liderado pelo PSD com 56% teria possibilidades de obter a maioria absoluta. A sondagem não faz a distribuição de mandatos porque as eleições legislativas não têm um círculo eleitoral único mas 22, que correspondem aos distritos e dois círculos de emigração. Nas eleições legislativas de 2022, o PSD teve 27,6% dos votos, a IL 4,9% e o CDS 1,6%. Sem o Chega que teve 7,1%, o bloco de direita valia 34,1%. A sondagem mostra que os eleitores preferem um governo de coligação do que um governo minoritário e que aceitam também que haja "geringonças", como em 2015, ou seja, que o segundo partido mais votado possa formar governo se conseguir reunir os apoios de outros partidos. O presidente do PSD, Luís Montenegro, já disse que não aceita fazer coligações com o Chega.

Ficha técnica

Este inquérito foi realizado pelo CESOP - Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e PÚBLICO entre os dias 15 e 24 de Novembro de 2023. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram seleccionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efectuadas por telefone. Os inquiridos foram informados do objectivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1102 inquéritos válidos, sendo 41% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 31% da região Norte, 20% do Centro, 33% da Área Metropolitana de Lisboa, 7% do Alentejo, 5% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base no recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 31%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1102inquiridos é de 3% com um nível de confiança de 95% (Publico, texto da jornalista Helena Pereira)

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