sábado, novembro 11, 2023

Salário real dos portugueses continua em terreno negativo e estimam-se menos aumentos em 2024

Apesar do aumento das remunerações por parte das empresas, o salário real dos portugueses continua em terreno negativo, nos -1,2%, o que tem impactado o poder de compra. Esta é uma das principais conclusões do seu estudo General Industry Survey de 2023 da WTW,, que mostra que o salário dos portugueses tem vindo a cair, tendo tido um crescimento real negativo de -1,2% em 2023, o que demonstra claramente uma queda no poder de compra da população portuguesa.

Apesar de 68% das empresas terem aumentado os salários em 2023, no próximo ano o cenário será diferente, esperando-se que apenas 28% das empresas efetue aumentos. Em julho deste ano, o estudo Salary Budget Planning, também da WTW, referia que em Portugal, os empregadores estão a orçamentar um aumento médio de 3,9% em 2024, abaixo do aumento médio de 4,2% em 2023. A pressão inflacionista é o principal fator que influencia as alterações nos orçamentos salariais para 70% dos empregadores portugueses, seguida pelas preocupações com um mercado de trabalho mais restrito (46,7%), ou ainda a  previsão de recessão ou de resultados financeiros mais fracos (22,2%).

O estudo mostra ainda que, nos últimos dois anos, apenas 2% dos executivos foram promovidos e sem aumento salarial. Já 9% dos colaboradores em carreiras de gestão e profissionais foram promovidos, mas apenas 16% deles, viram o seu salário aumentar. Em funções de suporte técnico e administrativo houve promoções para 8% dos colaboradores, dos quais 20% receberam aumento salarial. Os colaboradores do setor farmacêutico e da saúde os que mais evoluíram nas carreiras e com aumentos salariais a chegar a mais pessoas. Neste estudo participaram mais de 330 empresas nacionais de vários setores de atividade e com dados de remuneração de mais de 56.350 colaboradores que desempenham 360 especialidades classificadas em 50 famílias de funções, sendo que, a nível mundial, o estudo teve a participação de mais de 11 mil organizações (Executive Digest, texto do jornalista André Manuel Mendes)

Sem comentários: