O panorama empresarial português apresenta sinais de resiliência em 2025, com as insolvências a registarem uma ligeira descida face a 2024, enquanto a constituição de novas empresas mantém um crescimento positivo no acumulado do ano. De acordo com dados da Iberinform, até ao final de novembro, o número de insolvências caiu 0,5% em comparação com o mesmo período de 2024. Novembro destacou-se pela redução mais expressiva, de 11% face ao mês homólogo. Por tipologia, aumentaram em 6,5% as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas, totalizando 49 pedidos adicionais, enquanto as declarações requeridas por terceiros desceram ligeiramente (-0,5%). Os encerramentos com plano de insolvência diminuíram 14%, com menos sete processos concluídos, totalizando 1.890 encerramentos até novembro, menos 56 do que em igual período do ano anterior.
Os distritos do Porto e de Lisboa mantêm-se como os principais polos de insolvências, com 832 (+1,2%) e 808 (+5,3%) empresas insolventes, respetivamente. Entre os aumentos mais significativos destacam-se Castelo Branco (+20%), Leiria (+15%), Viana do Castelo (+14%) e Faro (+9,5%). Por outro lado, Beja (-48%), Viseu (-24%), Évora (-24%) e Madeira (-20%) registaram as quedas mais acentuadas.
Por setores de atividade, as Telecomunicações (+100%), Agricultura, Caça e Pesca (+35%) e Transportes (+31%) registaram os maiores aumentos, enquanto Eletricidade, Gás e Água (-36%) e Indústria Transformadora (-10%) apresentaram as maiores quedas. No que respeita à criação de empresas, novembro registou uma diminuição de 24%, com 3.118 novas constituições face às 4.100 do mesmo mês de 2024. Contudo, o acumulado do ano mantém-se positivo, com um crescimento de 3,4% e um total de 48.961 novas empresas.
Lisboa lidera com 15.231 constituições (+2,2%), seguida do Porto, com 8.463 (+5%). Entre os distritos com maior crescimento destacam-se Viseu (+19%), Vila Real (+14%) e Leiria (+11%). Em contrapartida, Horta (-17%), Portalegre (-7,8%) e Angra do Heroísmo (-4,5%) registaram as maiores quedas. Por setores, Construção e Obras Públicas (+18%) e Outros Serviços (+7%) lideraram os aumentos na criação de empresas, enquanto Agricultura, Caça e Pesca (-100%), Comércio a Retalho (-60%), Transportes (-23%) e Telecomunicações (-17%) registaram os maiores recuos (Executive Digest, texto do jornalista André Manuel Mendes)


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