Conclusões surgem de um inquérito conduzido pela plataforma ‘Le Grand Continent’, que revela ainda uma perceção generalizada de vulnerabilidade entre os europeus. Quase metade dos cidadãos europeus identifica Donald Trump como um inimigo declarado da Europa e mais de metade avalia como elevado o risco de um conflito aberto com a Rússia. As conclusões surgem de um inquérito conduzido pela plataforma ‘Le Grand Continent’, que revela ainda uma perceção generalizada de vulnerabilidade entre os europeus. Segundo o ‘The Guardian’, 48% dos inquiridos nos nove países abrangidos – entre os quais Portugal, França, Alemanha, Espanha e Itália – consideram Trump um inimigo europeu. Os números variam entre 62% na Bélgica e 19% na Polónia, mas o sentimento dominante aponta para um “trumpismo” entendido como uma ameaça. Ainda assim, a maioria reconhece a relevância estratégica da relação transatlântica, com 48% a defender uma posição de compromisso da União Europeia perante Washington.
Medo de guerra e baixa confiança na defesa nacional
A pesquisa indica que 51% acreditam ser alto o risco de uma guerra aberta com a Rússia nos próximos anos, valor que sobe para 77% na Polónia. Em Portugal, 39% partilham essa perceção. A confiança na capacidade de defesa dos países é reduzida: 69% dizem acreditar que as suas nações não conseguiriam proteger-se de uma agressão russa. Mesmo em França, onde esse sentimento é menos acentuado, a confiança permanece minoritária.
Europa sente-se vulnerável e procura proteção da UE
Os receios abrangem vários domínios, da segurança tecnológica à militar, com apenas 12% dos inquiridos a afirmar que não se sentem particularmente ameaçados. A segurança digital surge como a maior preocupação (28%), seguida pela militar (25%). Há igualmente forte procura por um papel mais protetor da União Europeia, posição defendida por 69% dos participantes. A maioria dos europeus mantém uma visão clara sobre a importância do projeto europeu: 74% querem que os seus países permaneçam na União, sentimento especialmente forte em Portugal (90%) e Espanha (89%). Cinco anos após o Brexit, a avaliação é amplamente negativa: 63% acreditam que a saída prejudicou o Reino Unido, face a apenas 19% que a veem como positiva (Executive Digest, texto do jornalista Francisco Laranjeira)

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