sexta-feira, dezembro 12, 2025

"Andam à minha procura". Corina Machado fugiu da Venezuela para denunciar que o país foi invadido por agentes russos

Agora em Oslo, onde a filha recebeu o Prémio Nobel da Paz em nome da mãe, a opositora de Nicolás Maduro decidiu falar ao mundo. María Corina Machado, Nobel da Paz 2025, falou aos jornalistas em Oslo, ao lado do primeiro-ministro norueguês, e declarou que o seu país já foi invadido por agentes russos, Hezbollah e grupos criminosos. Aos jornalistas, a galardoada, que esteve 12 anos sem poder sair do país e meses escondida na Venezuela, apelou à comunidade internacional para cortar os recursos do regime de Nicolás Maduro. “Precisamos de abordar este regime não como uma ditadura convencional, mas como uma estrutura criminosa”, afirmou Machado. Machado agradeceu ainda aos que arriscaram as suas vidas para permitir a sua chegada a Oslo, destacando que a democracia e a paz só se alcançam com amor e reiterou o seu compromisso em regressar à Venezuela quando for seguro, planeando levar consigo o Nobel da Paz.

"Quero aproveitar a vossa pergunta para agradecer a todos os homens e mulheres que arriscaram as suas vidas para que eu pudesse estar aqui hoje. Um dia poderei falar-vos sobre isso, porque neste momento não quero pô-los em perigo", afirmou. Machado lembrou ainda que o governo venezuelano diz que é "uma terrorista" e que tem "de passar o resto da vida na prisão". "Andam à minha procura. Portanto, sair da Venezuela hoje, nessas circunstâncias, é muito, muito perigoso”, admitiu Machado, que não conseguiu chegar à Noruega a tempo da entrega do prémio.  A opositora ao regime do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi representada em palco pela filha, Ana Corina Sosa. Em Oslo, segundo a agência EFE, esteve também a mãe de Machado, Corina Parisca, e a sua irmã, além de outros dois filhos da política venezuelana (CNN Portugal)

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