terça-feira, setembro 22, 2015

Uma ajuda para entenderem melhor as particularidades do sistema eleitoral grego

Das 300 cadeiras do Parlamento nacional, 250 são repartidas e eleitas proporcionalmente entre todos os partidos, havendo um "presente" de 50 assentos para a primeira força política, inclusive se a sua vantagem sobre o segundo partido mais votado for de apenas um voto. Esta lei eleitoral prejudica a formação de alianças eleitorais antes das eleições, já que caso a primeira força política do país for uma coligação, ela não tem direito a esse "prémio" das 50 cadeiras. Nestas eleições de domingo passado os partidos receberam para pagamento das suas despesas eleitorais, uma ajuda suplementar do Estado de seis milhões de euros, repartida proporcionalmente e em função do resultado que conseguiram nas últimas eleições gerais antes destas de Setembro de 2015. Recordo ainda que o voto é obrigatório na Grécia com duas excepções - pessoas que têm mais de 70 anos e os que no dia da votação se encontrem no exterior do país ou a uma distância superior a 200 quilómetros da sua mesa eleitoral. O voto por correio não está previsto na legislação.
Os 300 assentos são repartidos por 56 circunscrições que elegem entre um e 44 deputados, dependendo este valor do número dos eleitores inscritos em cada uma. A lei estabelece uma barreira mínima de 3% para que um partido possa entrar no parlamento nacional grego.
Finalmente outra particularidade grega: para as eleições nacionais de domingo passado Do total de 9.808.760 eleitores recenseados cerca de 2 milhões têm mais de 71 anos, constituindo deste modo o grupo mais numeroso de eleitores, considerando a distribuição destes por idades.

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