Este quadro, reportado às eleições para a Assembleia da República, mostra a evolução da abstenção entre 1991 e 2011, e os votos obtidos pelo PS e pelo somatório PSD-CDS e respectivos deputados. Se repararem o somatório dos votos PSD e CDS oscila entre os 2.054.845 votos de 2005 (valor mais baixo) e os 3.156.668 votos de 1991 (valor mais alto). Em termos percentuais o somatório PSD e CDS totalizou em 2011 mais de 50% dos votos, o que o coloca como o terceiro valor mais alto - em termos percentuais - entre 1991 e 2011. Os deputados eleitos por PSD e CDS em 2011 ficaram aquém dos valores de 1987 e 1991, mas supera os de 1995, 1999, 2002, 2005 e 2009.
Quanto ao PS a votação varia entre os 1.262.6506 votos de 1991 e os 2.573.869 de 2005. Entre 1991 e 2011 a votação neste ano foi a segunda pior do período em causa, tal como em termos percentuais. Quanto aos deputados eleitos os 74 mandatos de 2011 superaram apenas os de 1991 e 1995, mas ficaram muito longe dos 120 deputados conseguidos em 2005 com Sócrates.
Uma curiosidade que introduzi de propósito neste quadro tem a ver com a medição efectiva, em termos eleitorais e parlamentares, da dimensão dos três principais partidos, PSD, PS e CDS. Como se verifica o valor mais baixo obtido por estes 3 partidos foi registado em 2009 - 4.325.469 votos - muito próximos dos registados em 1991 e 2011. Quanto aos deputados eleitos por PSD, PS e CDS, eles representaram em média mais de 84,7% (1999) dos assentos e menos de 93,5% (1995), valores que mostram bem o peso efectivo que estes três partidos têm nos sucessivos actos eleitorais realizados em Portugal e da dificuldade sentida pelos demais partidos que na realidade nunca excederam os 15% dos mandatos no parlamento nacional em São Bento.
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