É possível que a "Privat Air", empresa de aviação europeia virada para um determinado segmento de mercado mais exigente, altere um pouco a sua estratégia comercial e passe a operar para a Madeira, numa primeira fase, e para os Açores.
Um dos primeiros sinais de que alguma coisa poderá acontecer em breve tem a ver com o facto da empresa estar a recrutar neste momento um comandante para aviões Airbus 320 (com mínimo de 5000 horas de voo entre outras exigências) bem como co-pilotos para o mesmo avião (mínimo de 2.000 horas de voo) aparentemente devido as uma operação de curta duração a ser realizada no Médio Oriente.
Lembro que o antigo presidente do Conselho de Administração e ex-presidente executivo do Grupo SATA, António Gomes de Menezes, foi nomeado presidente executivo (CEO) do grupo PrivatAir, com sede na Suíça, desde Abril passado.
Natural dos Açores, António Gomes de Menezes foi administrador na companhia aérea portuguesa Euro Atlantic Airways (EAA), de onde saiu em Fevereiro deste ano. É também docente de economia na Universidade dos Açores, tem um vasto currículo académico e um doutoramento na universidade norte-americana de Boston College. Saíu da SATA alegadamente por divergências com o Governo Regional dos Açores - a SATA é detida a 100% pelo executivo insular. António Gomes de Menezes passou pouco tempo pela Euro Atlantic antes de ingressar na PrivatAir que tem sede no Aeroporto de Genebra, na Suíça, onde foi criada há cerca de 40 anos.
Trata-se basicamente de um grupo internacional "que se dedica ao negócio da aviação, nomeadamente o aluguer e posicionamento de aviões, com ou sem tripulações em companhias comerciais de transporte de passageiros e de carga, mas também para transporte executivo e privado, além de missões especiais e acções humanitárias". Tem outros departamentos destacando-se entre eles o que se dedica à Aviação Charter, mediação e venda de aviões e gestão de empresas aéreas e serviços de assistência em escala a aeronaves e passageiros (handling).
Este grupo emprega mais de 300 profissionais em Frankfurt (Alemanha), Genebra (Suíça) e Brazzaville (República Democrática do Congo).
Embora nenhuma decisão tenha sido ainda tomada, caso se confirme este "sopro" a PrivAir operaria sempre na lógica de ligações charters, estando excluída uma operação regular entre Lisboa e o Funchal e Ponta Delgada como já chegou a ser admitido nalguma imprensa ligada ao sector aéreo nacional. Um dos itens que nos foi confidenciado teria a ver com a possibilidade de em próximo concurso as PrivatAir poder estar interessada nas ligações regulares entre o Funchal e o Porto Santo, podendo ainda efectuar operações charter nos meses de Verão entre o Funchal e Canárias. Repito, aparentemente tratam-se de especulações, já que não vimos, nem me foi possível obter confirmação, nada dando como certo até este momento qualquer uma destas hipóteses.
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