Todos sabem que alimentamos muitas divergências ao longo dos anos, muitas delas provavelmente alicerçadas em exageros, minudências, ideias pré-concebidas, etc. Todos sabemos que cada um de nós tem o seu feitio muito próprio, que temos desde logo que saber geri-lo e, depois, esperar que as demais pessoas percebam e saibam gerir essas especificidades pessoais. Falo de Carlos Pereira, do PS-Madeira, antigo líder regional e ex-deputado regional e nacional eleito pelos socialistas regionais. Dá-me pena vê-lo como 5º candidato na lista socialista de Setúbal, depois de ter sido anteriormente eleito por Lisboa, que desta vez não o incluiu - uma candidatura só possível graças às prerrogativas estatuariamente atribuídas ao líder nacional do PS que pode propor alguns nomes nalguns círculos eleitorais nacionais. Achei que era este o momento para separar o trigo do joio e manifestar a minha discordância por esta situação, concretamente por este "saneamento" promovido pela actual liderança regional que, depois da hecatombe eleitoral nas últimas regionais, perdeu a autoridade moral e política, para persistir por esse caminho. Não acredito que o PS-Madeira ganhe com um Carlos Pereira banido das suas candidaturas, muito menos se isso ocorrer por causa de amuos ou ajustes de contas pessoais ou grupais. Ou porque se trata de uma pessoa que livremente critica a liderança regional do partido, por sinal agora uma liderança frágil e que não pode estar a tentar fugir continuamente à rápida promoção de eleições directas clarificadoras da situação interna no agora 3º partido regional. Não aceito que o direito à discordância seja um "crime" político passível de justificar o arrastamento desta situação. Duvido que em próximas eleições no PS-Madeira a situação não seja normalizada e que se acabe com este episódio algo caricato num partido que precisa de mudanças profundas, a começar pelos protagonistas, prolongando-se pelo discurso, quiçá por mudanças estatutárias, pela redefiniçao de novas prioridades, na lógica da Madeira do seu Povo, sem ter que se curvar a Lisboa ou submissamente pedir a concordância do Largo do Rato (LFM)
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