As entrevistas foram feitas entre os dias 11 e 15 de Julho, o que significa que têm em conta já o desempenho de Luís Montenegro durante o congresso que o consagrou como presidente do PSD e que lhe deu palco mediático ao longo de três dias, tendo como pano de fundo uma crise no Governo.
Ao PÚBLICO, João António, um dos responsáveis pela sondagem que recolheu 885 entrevistas, explica que este resultado “diz mais sobre o líder passado do que sobre Luís Montenegro”. Aliás, na sondagem, o Cesop lembra que, “em geral, as expectativas são no sentido de Montenegro vir a ter um desempenho melhor do que Rio, cuja avaliação não era muito positiva”, mas lembram também que numa sondagem com um ano, 48% consideravam Rio “razoável” e 32% consideravam-no “mau” ou “muito mau”.
A sondagem concluiu que “é ainda cedo para opiniões e julgamentos definitivos” sobre o desempenho esperado de Luís Montenegro, até porque um quinto dos entrevistados não respondeu ou não soube dizer se o novo líder será melhor, igual ou pior do que o anterior.
Os responsáveis pelo estudo de opinião assinalam que Montenegro não é uma figura desconhecida dos portugueses que acompanham mais de perto os assuntos da política, no entanto, a percentagem de um quinto que não consegue formar opinião sobre o novo líder pode revelar que os seis anos à frente da bancada parlamentar do PSD, durante a governação de Passos Coelho e com Portugal sob assistência financeira internacional, podem não ter sido suficientes para o aproximar do grande eleitorado.
Ficha técnica
Este inquérito foi realizado pelo CESOP – Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 11 e 15 de Julho de 2022. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram seleccionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efectuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objectivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 885 inquéritos válidos, sendo 46% dos inquiridos mulheres, 31% da região Norte, 21% do Centro, 33% da A.M. de Lisboa, 6% do Alentejo, 4% do Algarve, 3% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base no recenseamento eleitoral e nas estimativas do INE. A taxa de resposta foi de 33%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 885 inquiridos é de 3,3%, com um nível de confiança de 95% (Publico, texto da jornalista Marta Moitinho Oliveira)
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