Aos parceiros da coligação, Artur Lima (líder do CDS-PP/Açores) e Paulo Estêvão (líder do PPM/Açores), presentes no encerramento do congresso social-democrata regional, Bolieiro agradeceu a presença, que considerou simbólica da “intensidade do compromisso” governativo.
“Estamos comprometidos com os nossos compromissos de governação e acordos de incidência parlamentar”, referiu, destacando ainda o “compromisso de diálogo e concertação”, bem como a “centralidade do parlamento” regional. Em outubro de 2020, Bolieiro candidatou-se às eleições legislativas regionais, nas quais o PS foi o partido mais votado, elegendo 25 parlamentares, mas perdeu a maioria absoluta. PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo para formar governo, contando ainda com o apoio parlamentar de Chega e Iniciativa Liberal.
Boleiro nota que, “pela vontade da maioria” foi construída “uma solução de governo para os Açores”, garantindo “estabilidade à ação governativa”. “Temos um projeto, temos uma equipa, temos um rumo. Saímos deste congresso unidos por uma causa, pela nossa terra, pelo nosso povo. No partido, na coligação, no parlamento, no Governo e na Região estamos juntos para sermos mais fortes”, acrescentou Bolieiro.
De acordo com o líder do PSD/Açores, o caminho coletivo da Região “não pode, nem deve, ser feito de falsas partidas ou de atalhos sinuosos”. “Mas sim ser percorrido com consciência, dedicação e honestidade”, indicou. “Nós temos ambição”, prosseguiu, recusando conformar-se ou baixar os braços “perante as adversidades”. “Não deixamos cair as nossas causas só porque os arautos da desgraça não as partilham”, prometeu.
E prosseguiu: “O futuro ganha-se com os que arriscam, com os que trabalham, com os que lutam. Não com os que negam a mudança e abraçam a crítica permanente e infundada”. Num discurso de 16 páginas, Bolieiro reconheceu que “não são tempos fáceis”. “Mas nós já arregaçámos as mangas, já começámos a mudar o que precisa ser mudado, a fazer o que não foi feito e a manter o que estava bem”, disse. Bolieiro defendeu a investigação e desenvolvimento como “ferramentas essenciais para o potencial” da Região ser uma “realidade mensurável”.
“Inovação e diferenciação que darão valor acrescentado e retorno ao nosso investimento. Vamos ajudar a fazer da Universidade dos Açores uma relevante e verdadeira universidade do Atlântico. Um ponto de confluência de gente de ciência com origem na Europa e na América”, referiu.
Por outro lado, quer transformar a Universidade dos Açores num “elemento determinante na dinamização da produção de investigação e troca de conhecimento”. Nas áreas das economias verde e azul. Do espaço, do desenvolvimento tecnológico. E da inovação. Que são de relevante interesse para o modelo de desenvolvimento sustentável que já começamos a concretizar”, afirmou.
“É essencial trabalhar para formar, atrair e reter talentos. E possibilitar uma verdadeira transformação do sistema científico e tecnológico dos Açores, designadamente nas áreas do mar, espaço e das designadas economias de precisão. Afinal, tudo isso pelo desenvolvimento sustentável”, observou. Apostar no Espaço, na produção de energias renováveis, na agricultura sustentável e que contribua para um maior nível de autonomia alimentar são algumas das missões apresentadas por Bolieiro.
Outro projeto é “desenvolver o ‘cluster’ do Mar dos Açores, “assumindo uma verdadeira política de defesa dos nossos ecossistemas marinhos e costeiros”. Inverter o paradigma atual do setor das pescas, “melhorando o rendimento de toda a fileira do setor: pescadores, armadores e comerciais”, é outro objetivo, que passa, também, pela implementação de “um sistema eficaz de transporte aéreo do pescado, optando pela solução do cargueiro aéreo” (Jornal Açores 9)
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