De acordo com a sondagem da Pitagórica para a TVI e CNN Portugal, realizada entre 23 e 26 de fevereiro, antes da notícia do Expresso que divulgou o pagamento de uma avença por parte da Solverde à empresa da família de Luís Montenegro, o antigo líder da Armada obtém 35,9% dos votos num cenário em que António José Seguro é o candidato apoiado pelo PS. Isto no dia em que se ficou a saber que o homem que coordenou a campanha de vacinação contra a covid-19 criou a marca "Movimento Gouveia e Melo Presidente", que o próprio confirmou ter criado, mas apenas para se proteger de eventuais abusos. Em segundo lugar surge Marques Mendes, com 25,5%. Em terceiro lugar ficaria António José Seguro, com 14,1%, à frente de André Ventura, com 12,9%, e Sampaio da Nóvoa, que soma 4,9% das intenções de voto. Mariana Leitão, candidata da Iniciativa Liberal, obtém 2,5%.
Num segundo cenário, em que é António Vitorino o escolhido pelos socialistas, as contas mudam um pouco. Gouveia e Melo mantém-se na dianteira, mas com uma percentagem mais curta de 32,3%. Marques Mendes desce ligeiramente para 24,8% e segura o segundo lugar, enquanto António Vitorino espreita uma segunda volta e reúne a preferência de 20,7% dos inquiridos. A entrada de Vitorino parece ser prejudicial para os restantes candidatos, uma vez que André Ventura (12,1%), Sampaio da Nóvoa (3,8%) e Mariana Leitão (2,2%) também descem face à sondagem em que António José Seguro é o candidato apoiado pelo PS.
Apesar de António Vitorino reunir a preferência de mais portugueses num cenário geral, quando questionados sobre que personalidade deve o PS apoiar, 56% dos inquiridos escolhem António José Seguro, face aos 44% recolhidos por Vitorino. No entanto, há um detalhe importante: António Vitorino é preferido junto dos inquiridos dos partidos mais à esquerda – PS, CDU e PAN -, enquanto Seguro é visto com melhores olhos pelos eleitores de Chega e Iniciativa Liberal.
Marques Mendes é quem mais se aproxima de Gouveia e Melo
Num cenário em que são dadas duas opções, o almirante sai sempre por cima. No duelo com Marques Mendes, Gouveia e Melo recolheria 49% das intenções de voto, menos dois pontos percentuais do que na anterior sondagem, contra os 37% de Marques Mendes, uma subida de sete pontos percentuais.
Contra Seguro, Gouveia e Melo sobe nas intenções de voto, com 51%, face aos 32% para o ex-secretário-geral do PS. A diferença aumenta no confronto entre o almirante e António Vitorino, que reúnem 53% e 30% das intenções de voto num hipotético frente a frente. A maior diferença num tête-à-tête seria entre Gouveia e Melo e Ventura. O presidente do Chega tem a preferência de apenas 13% dos inquiridos, muito longe dos 71% dados ao almirante.
Os restantes cenários não são diferentes para André Ventura, que perde em todas as opções colocadas aos inquiridos. Contra António Vitorino, que consegue a aprovação de 62% dos inquiridos, o líder do Chega obtém 20%. Este é mesmo o melhor resultado de Ventura nesta sondagem, já que reúne apenas 18% quando colocado contra Seguro e 17% no confronto contra Marques Mendes. Tanto seguro como o ex-presidente do PSD obteriam, contra Ventura, 65% dos votos. O assunto fica mais renhido quando se trata de Marques Mendes contra os eventuais candidatos apoiados pelo PS. Face a António José Seguro, Marques Mendes consegue 43% das intenções de voto e cava uma diferença de 11 pontos percentuais para Seguro. A diferença sobe ligeiramente contra Vitorino – 45% para 31% -, sempre favorável ao histórico social-democrata.
Ficha técnica
Sondagem realizada pela Pitagórica para a TVI, CNN Portugal, TSF, JN e O Jogo, com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados com a atualidade do país. O trabalho de campo decorreu entre os dias 23 e 26 de fevereiro de 2025. A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores Portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região. Foram realizadas 612 tentativas de contacto, para alcançarmos 400 entrevistas efetivas, pelo que a taxa de resposta foi de 65,36%. As 400 entrevistas telefónicas recolhidas correspondem a uma margem de erro máxima de +/- 5,0% para um nível de confiança de 95,5%. A direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da ERC - Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará para consulta online (CNN-Portugal)
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