sábado, março 22, 2025

Curiosidades: a surpresa com o fungo negro de Chernobyl

Após o desastre nuclear de Chernobyl em 1986, cientistas descobriram um fungo negro, o Cladosporium sphaerospermum, crescendo nas paredes do reator nº 4.  Este fungo possui melanina, pigmento que lhe confere a cor escura e permite absorver radiação gama, convertendo-a em energia química para seu crescimento—um processo semelhante à fotossíntese das plantas, mas utilizando radiação em vez de luz solar. Pesquisas indicam que a exposição à radiação aumenta a taxa de transferência de elétrons mediada pela melanina nesses fungos, acelerando seu crescimento. Além disso, estudos sugerem que o Cladosporium sphaerospermum poderia ser utilizado para desenvolver habitats resistentes à radiação, protegendo astronautas em missões espaciais. O fungo negro que está devorando a radiação de Chernobyl. O Cladosporium sphaerospermum tem desafiado a ciência sobre sua adaptação. Desde o acidente nuclear em 26 de abril de 1986, a zona de exclusão de 30 quilômetros ficou inabitável para humanos. Mas organismos como o fungo negro parecem ter encontrado uma maneira de prosperar na região contaminada. E a chave para isso pode estar em uma substância também encontrada no corpo humano.

Melanina, o segredo

O segredo do fungo está na melanina, o mesmo pigmento que dá cor à pele humana. Nos fungos neurotróficos, como são chamados, a substância consegue absorver a radiação e convertê-la em energia química. O processo é comparado à fotossíntese. A adaptação foi confirmada por estudos que, ao longo de 17 anos, mostraram que os fungos expostos a níveis mais altos de radiação cresceram mais rapidamente que aqueles em ambientes normais.

Aspiradores naturais

Mas a resistência do C.sphaerospermum abriu novas possibilidades para a ciência. Em locais como Chernobyl e Fukushima, onde a remoção da radiação é um desafio imenso, os fungos poderiam atuar como “aspiradores” naturais. Ele já foi enviado para a Estação Espacial Internacional (ISS) para testar sua capacidade de absorver radiação cósmica. Os primeiros resultados indicaram que ele pode ser usado para proteger astronautas em missões espaciais de longa duração.

Impacto da descoberta

A capacidade do fungo em prosperar em ambientes extremos e contaminados por radiação pode ter aplicações além da exploração espacial e bioremediação. Diversos estudos testam agora a resistência do fungo para desenvolver novos materiais resistentes à radiação para um melhor cultivo agrícola em solos radioativos (fonte: Internet, Factos desconhecidos)

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