segunda-feira, março 24, 2025

Regionais 2025: o fracasso da coligação de Raquel Coelho


A coligação liderada por Raquel Coelho - ou devia ter sido liderada, por ser ela com maior visibilidade e mais experiência - falhou porque se instituiu uma enorme confusão de visibilidades. Numa coligação há sempre uma figura que assume a liderança. Partilhar a visibilidade mediática com as lideranças dos partidos mais pequenos e eleitoralmente mais insignificantes acabou por ser errado e penalizou uma ideia que me pareceu positiva, que poderia pensar num deputado - os resultados depois inviabilizaram essa possibilidade por via do método de Hondt. Mesmo assim os partidos nem foram capazes de manter a sua votação obtida nas regionais de 2023 e 2024, perdendo votos. Ficou a ideia, ficou a tentativa de algo diferente reunindo os partidos mais pequenos, mas ficou também a sensação de aposta fracassada e de um falhanço estratégico e político da coligação, repito, em meu entender por falta de uma liderança devidamente identificada e inequívoca. O quadro ajuda a perceber. Faltaram mais de 1.500  votos para tentarem sonhar com a eleição de um deputado. Também é factual que a votação do PSD e do JPP, quando se tratou da  aplicação do método de Hondt, acabou por penalizar os partidos mais pequenos, casos do PAN, PCP, Bloco, etc. Por isso é errado fazer declarações em que quase se critica e culpa os eleitores por se terem expressado livremente nas urnas e não terem correspondido ao que o PTP esperava. E não é preciso grande esforço: teve menos votos que o Livre e menos votos que o PTP sozinho em 2024! Nada mais a dizer

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