quinta-feira, março 13, 2025

Nota: a 23 de Março só estabilidade e solução governativa


A crise nacional afecta mediaticamente porque pode confundir alguns eleitores mais distraídos ou desvalorizar matérias que integram a agenda da campanha regional, e que são passíveis de serem prejudicadas por essa espécie de "inversão" das prioridades mediáticas. Cabe aos partidos locais combaterem, caso queiram, essa possibilidade de "contaminação" e terem, o engenho e a arte - que tantas vezes é inexistente... - de comunicarem com seriedade e verdade com as pessoas. Sem espalhafatos e sem arrogâncias pedantes. Seja o poder, seja a oposição esfomeada de poder e que acha que chegou a sua hora.
Não há meio termo ou consegue-se uma realidade parlamentar e, por conseguinte uma solução de governação estável e credível, ou continuaremos mergulhados numa logica de paz podre.
Infelizmente temos alguns partidos regionais, quase 50 anos depois da consagração constitucional da autonomia regional de 1976, que se mostraram incapazes de travar pressões das estruturas nacionais ou tolerar submissamente que os transformem em meras marionetes das diatribes vingativas de lideranças nacionais instáveis, que usaram a Madeira - fica sempre essa suspeita - como instrumento de execução de vinganças pessoais e partidárias direccionadas para Lisboa e tendo o PSD nacional como destinatário último. Se a agenda o determinar, não duvidem, voltarão a fazer o mesmo, na Madeira, nos Açores ou em São Bento porque na realidade, para eles, a diferença entre a autonomia regional e um caixote de lixo é quase nenhuma. Ou mesmo nenhuma. Não podemos, nem devemos aceitar, incluindo nas urnas, partidos inibidos de decidirem localmente e proibidos de terem as duas próprias vontades, porque isso significa mais do que um recuo, a constatação de que nunca serão defensores da autonomia regional, com todos os seus defeitos e virtudes.
O que se tem passado com os ataques aos NAPA e à "canção da terrinha" devia servir de alerta para todos os que duvidam que há um combate que não pode terminar e que deve ser mantido na agenda. Lamento mas o PSD regional, nos últimos anos, também não está isento desse erro de desvalorização desta matéria na sua praxis discursiva (LFM)

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