sexta-feira, abril 05, 2024

Nota: guerra do PSD nacional?

Afinal ao escolher uma secretária de estado da madeirense para integrar o seu governo, Montenegro deitou no lixo um dos bluffes que mais andaram a correr no rol de insinuações de comentadores da esquerda histérica regional e no bandidesco e desregulado universo das redes sociais, onde vale tudo e onde se despeja toda a verborreia possível. Qual guerra com o PSD-Madeira qual carapuça? Se existisse uma guerra, de facto, Montenegro não daria um cargo político no seu governo a um político social-democrata da Madeira.

E posso garantir, que a escolha de Claudia Aguiar deveu-se a uma iniciativa do próprio Montenegro e à relação pessoal e política que tem com a nova secretária de estado, e não a qualquer intervenção da estrutura regional social-democrata que pode ter sido contactada por Lisboa – desconheço – mas não foi decisiva neste processo de nomeação.

Claudia surge assim envolvida num sector improvável, que pode não dominar plenamente – apesar de ter sido membro suplente da Comissão de Pescas do Parlamento Europeu e ter dado alguma atenção a esta temática na lógica das ultraperiferias europeias. Estamos a falar de uma área que implica enormes dificuldades, dada a crise generalizada e a conflitualidade que o caracteriza nos últimos anos.

O segredo reside na escolha dos colaboradores mais directos por parte de Claudia Aguiar, que obviamente devem estar todos ligados ao sector das pescas, nas suas diferentes dimensões.  Só assim se esbaterá algum desconhecimento sobre a realidade mais concreta de uma área de actividade complexa como o sector piscatório nas suas múltiplas vertentes, uma das quais - as quotas do atum – dizem muito à Madeira, a que se junta a política de apoios comunitários a um dos países, Portugal, que tem uma das maiores zonas económicas exclusivas europeias. O facto da nova secretária de estado ter integrado no Parlamento Europeu a Comissão das Pescas pode ajudar, sem dúvida. Finalmente recordo aos mais distraídos que o cargo de secretário de estado é de nomeação política e depende da confiança do Ministro da tutela e do Primeiro-Ministro em última instância. Não são cargos obrigatoriamente técnicos (LFM)

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