Adivinhava-se que poderia acontecer e o barómetro de dezembro da Aximage para o JN, DN e TSF confirma: Marcelo Rebelo de Sousa regista, pela primeira vez, um saldo negativo na avaliação dos portugueses (mais notas negativas do que positivas). O único segmento da amostra em que o presidente se mantém acima da linha de água é entre os eleitores do PSD. Depois de um pico de popularidade, em julho passado, na sequência do conflito com António Costa e do “deplorável” episódio que envolveu João Galamba, o presidente começou a acusar o desgaste. Perdeu fôlego na avaliação de outubro e, em novembro, depois de decidir dissolver a Assembleia da República e antecipar as eleições, só conseguiu quatro pontos de saldo positivo. Em dezembro, com o caso das gémeas brasileiras a marcar a agenda mediática, passa para um saldo negativo de 17 pontos. Quando se analisam os segmentos geográficos, Marcelo está no vermelho em todas as regiões: o Centro continua a ser o terreno mais favorável (saldo negativo de dois pontos) e o Porto o mais cáustico (saldo negativo de 34 pontos). A tendência para uma menor tolerância entre os homens volta a confirmar-se (saldo negativo de 26 pontos), mas a novidade deste barómetro é que também as mulheres fazem agora uma avaliação negativa do presidente da República (saldo negativo de 10 pontos). Se se tiver em conta as preferências partidárias dos eleitores, Marcelo só se mantém à tona entre os sociais-democratas (embora com uma erosão significativa, de 37 para 7 pontos de saldo positivo). Os eleitores socialistas, que foram o principal pilar da popularidade do presidente, abandonaram-no definitivamente (de 46 pontos de saldo positivo em outubro, para 20 pontos de saldo negativo em dezembro).
Números
59%
Os liberais são os que dão mais negativas ao presidente (59%). A maior percentagem de positivas (42%) surge no PSD (Jornal de Notícias, texto do jornalista Rafael Barbosa)
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