quarta-feira, junho 01, 2022

TAP com a pior prestação ambiental entre as sete maiores companhias europeias


A TAP é a pior transportadora aérea num grupo analisado no que respeita à luta contra as alterações climáticas e a única que não publica o total de emissões de CO2, segundo um relatório da Greenpeace. A organização não-governamental (ONG) Greenpeace analisou o desempenho das sete maiores companhias e grupos de aviação europeus, com base nas receitas de 2019 – Lufthansa, Air France/KLM, International Airlines Group (IAG), Ryanair, easyJet, SAS e TAP Air Portugal – e concluiu que “a TAP é a que tem o pior desempenho, no que respeita às alterações climáticas”. De acordo com a Greenpeace, a TAP é, entre as analisadas, “a única companhia que não publica o total das suas emissões de CO2”, para além de não se ter comprometido com qualquer meta de climática, nem para 2030, nem para 2050, definidas pela União Europeia, nem para os próximos cinco anos, e “não tem nenhum objetivo absoluto de redução de emissões”. Por outro lado, salienta a ONG, a TAP não dá qualquer informação sobre o uso dos chamados combustíveis sustentáveis para a aviação.

A Greenpeace analisa compromissos e desempenhos em quatro áreas temáticas: alterações climáticas – como gerem o impacto ambiental, social e emprego – como gerem as relações com os empregados, dividendos e incentivos – como a empresa paga os dividendos aos acionistas e incentivos aos gestores e executivos, lobbying – o modo com exerce estas atividades. Com um resultado global de 15,88%, abaixo da média de 39,2%, a TAP obteve 8,99% na área das alterações climáticas, 18,06% na social e emprego, 40% em dividendos e incentivos e 11,82% nas atividades lobistas. Na média das sete companhias analisadas, as percentagens foram, respetivamente, 32,02%, 36,95%, 68,33% e 36,99%. Para a Greenpeace, a total descarbonização total do setor da aviação, necessária para limitar a subida da temperatura até 1,5°C, só pode ser alcançada através de uma redução significativa dos voos e uma passagem para o uso de combustíveis sintéticos para aeronaves com base em energia 100% renovável, excluindo os biocombustíveis.

O grupo Lufthansa inclui, para além desta, as subsidiárias Austrian Airlines, Brussels Airlines, Swiss e Eurowings, o grupo Air France – KLM abrange, para além das transportadoras francesa e neerlandesa, a HOP!, o grupo IAG inclui a British Airways, a Ibéria, a Aer Lingus e a Vueling e a Ryanair agrega ainda a Lauda, Malta Air e Buzz (SIC-Noticias)

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