domingo, junho 26, 2022

Nota: uns e outros e os "casos" que viram encenações ridículas


Gostaria de referir, como nota prévia, que não tenho interesse nenhum em arrastar qualquer polémica em torno do "caso" envolvendo a alegada "ostracização" de Pedro Calado e o Chão da Lagoa. Mas há umas pontas soltas sobre as quais gostaria de emitir opinião, que será sempre pessoal, não vinculando ninguém. Mas desisto. Não há pachorra. A este propósito gostaria de recomendar que certos esquemas anónimos, montados desde 2015, que actuam pela calada, nos esgotos mais nojentos da política e da bandalhice, fossem capazes de perceber os riscos e os perigos que essa pouca-vergonha pode causar, não às pessoas enxovalhadas e insultadas por eles, mas ao partido que sabe o que se passa e vira a cara o para o lado.

A política não pode ficar refém de uma mão vazia de frustrações e de frustrados que montam task-forces que não passam de fábricas do insulto incluindo, por que actuam sob a libertinagem do anonimato cobarde, contra protagonistas do próprio partido e as quais dizem defender! Falo de grupelhos organizados, criados para vigiar e navegar nas redes sociais, enxovalhando pessoas, atacando insultuosamente e colocando em causa a honorabilidade de muita gente. Tudo feito de forma anónima, assente em perfis falsos, que têm não só apenas protagonistas do PSD-M como alvos dos ataques, mas que por ocuparem certas funções públicas de destaque, podem ser vistos como potenciais obstáculos a certas estratégias de grupos que aguardam à boa maneira "trumpista" o momento para a investida condenada ao fracasso, aguardam o tal clique. Só que se esquecem da legitimidade do voto e neste palco eles sabem que não conseguem nada, porque valem zero.

E nesta campanha não poupam despudoradamente pessoas, incluindo empresários, que repetidamente são enxovalhados por um bando de crápulas que nem conhecem as pessoas que atacam, mas que ofendem como, quando e pelos motivos que querem, ficando apenas a certeza, deles, de que no seu mundo de mer** presumo que se sintam realizados, agindo organizadamente deste modo. Ao menos recomendo cautela nos locais de reunião, onde escolhem os alvos e adaptam a cartilha da lenga-lenga a usar nos ataques pessoais feitos pela surdina, sob a capa do anonimato cobarde que caracteriza os bandalhos. Mesmo que este fenómeno não seja nem um exclusivo do PSD-M ou mesmo um fenómeno limitado aos partidos políticos. Que o digam, por exemplo, Cafofo, Barreto ou mesmo o novo líder do PSD local. Mas há sempre quem consiga passar por entre os pingos da chuva…

Temo, por tudo isso, que comece a ser evidente - oxalá esteja enganado - a existência de uma certa confusão no PSD-Madeira. Depois da "ladrada" feita à volta do pretenso saneamento de Calado do lote de oradores do Chão da Lagoa, e que eu sempre achei que não tinha sido mais do que um mero lapso (até por que recuso acreditar outras motivações, por que isso seria mau demais...) eis que em vez de termos a confirmação de um discurso adequado ao momento de uma festa popular que tem uma parte político-partidária, que não atrai a atenção a todos os que sobem à serra, constata-se um recuo provavelmente deixando no ar até a dúvida sobre se aquele não é afinal um palco onde Calado se sinta à-vontade. O autarca do Funchal os olhos das bases do PSD-M e da opinião pública em geral, pode sair fragilizado e obriga a que as pessoas questionem as razões de certas reacções. Tudo para este desfecho? Ou a recusa de não falar na festa é uma resposta a alguém, independentemente de eu concordar que os discursos devem ser reduzidos, até por que a festa do PSD-Madeira, com o tempo, tornou-se demasiado maçadora, graças a intervenções banais, sem impacto e que não propiciavam as mais-valias ou os ganhos mediáticos que eventualmente existiram no passado? Ou estamos apenas perante desfechos previsíveis de guerras político-pessoais absurdas, que emergiram entre 2017 e 2021, quando é sabido que nesse período havia uma espécie de guerra surda de bastidores entre dois ou três galos que ambicionavam a candidatura no Funchal em 2021? Se assim foi, o autarca do Funchal poderá ter cometido um erro político dispensável, já que depois de tudo o que aconteceu, tinha de proferir no Chão da Lagoa um discurso que convencesse as bases social-democratas que lá estarão. O silêncio não ajuda em nada Calado. Mesmo que eu entenda e admita que o autarca funchalense queira dar uma "chapada" em quem - deliberadamente (?) - o colocou fora dos oradores previsíveis para a festa serrana. Pelo menos dos cartazes...

Ou seja, eu não duvido que Pedro Calado devia intervir no Chão da Lagoa, por achar que é o único desfecho admissível, depois da polémica, podendo depois o PSD-M, e nos locais próprios, alterar o guião da festa e reduzir as intervenções - decisão que eu subscrevo - embora isso possa ferir certas susceptibilidades e ambições pessoais de quem acha, mal, que o Chão da Lagoa lhes dá uma importância que realmente não têm (LFM)

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