Toda a Direção da bancada do PSD está disponível para colocar o seu lugar à disposição do líder eleito Luís Montenegro. Mas é de esperar que só o faça nas vésperas do congresso de 1 a 3 de julho, no Porto. O PSD está empenhado numa transição serena. Por isso, toda a Direção da bancada está disponível para sair. É de esperar que o presidente do grupo parlamentar, Paulo Mota Pinto, siga o exemplo de Hugo Soares, em 2018, e coloque oficialmente o lugar à disposição do líder eleito, Luís Montenegro, nas vésperas do congresso de 1 a 3 de julho. O assunto foi abordado durante a reunião do grupo parlamentar de anteontem, que antecedeu os encontros de Rui Rio e Mota Pinto com Luís Montenegro. Segundo apurámos, vários elementos da Direção do grupo parlamentar revelaram disponibilidade para colocar o seu lugar à disposição do líder eleito nas diretas do passado sábado. A maioria dos nove membros da Direção do grupo parlamentar esteve nas fileiras de Rui Rio e alguns fazem parte até dos órgãos nacionais, como André Coelho Lima (vice-presidente do PSD) e Hugo Carneiro (secretário-geral-adjunto).
Outros como Sofia Matos foi a escolha pessoal do líder para encabeçar a lista do Porto, nas legislativas de janeiro, tendo Rui Rio ocupado o segundo lugar, seguido por Catarina Rocha Ferreira, que é vice-presidente do grupo parlamentar tal como o "rosto" de Rui Rio para a área da Saúde, Ricardo Batista Leite, que foi candidato à Câmara de Sintra. Acresce que nunca a Direção do grupo parlamentar teve tantos deputados do Porto. São cinco em nove e apenas um, Paulo Rios de Oliveira, esteve do lado de Luís Montenegro nas diretas do passado sábado. Apesar de tudo isso, nenhuma decisão foi tomada na reunião da bancada de anteontem, uma vez que Mota Pinto considerou que a questão deveria ser abordada, posteriormente, com Luís Montenegro.
Recusa fazer alterações
Ao longo do dia de anteontem, quer Mota Pinto quer Rui Rio deram sinais públicos desse empenho para que a transição na liderança seja pacífica. O líder parlamentar assegurou mesmo que fará "todo o possível para que" Montenegro "possa favorecer o partido". Já o presidente do PSD garantiu que o assunto da liderança da bancada está nas mãos de Luís Montenegro, ao vincar que não se irá "meter onde não é chamado". "Não quero alterar nada. Alterações nos órgãos do partido, sou responsável até ao dia 1 ou 2 de julho. A partir desse dia, não é nada comigo. Portanto, não é conversável comigo", disse Rui Rio, no Parlamento. Porém, Mota Pinto não deverá oficializar já a sua saída. Espera-se que siga o exemplo de Hugo Soares, em 2018, e que torne a sua decisão pública nas vésperas do congresso do Porto (Jornal de Notícias)
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