Li no Público que "o líder do CDS e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros mantém a
contestação à nova contribuição sobre os reformados, o que pode gerar uma crise
política a curto prazo. O PÚBLICO sabe que Paulo Portas não vai mudar de
ideias, apesar de não haver, por enquanto, acordo da troika para deixar cair a
medida. A contribuição de sustentabilidade da Segurança Social, que o
primeiro-ministro anunciou como possibilidade, admitindo até aplicá-la sobre
pensões já em pagamento, já tinha sido contestada por Paulo Portas e outros
ministros, em grande parte do PSD, que chegaram mesmo a enfrentar Vítor Gaspar
em Conselho de Ministros. Ao que o PÚBLICO apurou, a troika está a exigir
ao Governo um elenco de medidas alternativas e o respectivo impacto financeiro
para poder fechar a sétima avaliação. A urgência é tanto maior quanto se
realiza amanhã e depois a reunião dos ministros de Finanças da UE, onde Vítor
Gaspar espera ter concluída a sétima avaliação e garantir a libertação da
próxima tranche de financiamento, no valor de dois mil milhões de euros".