O senhor Coelho, nº 2 do governo de coligação de
Lisboa (porque quem manda neste governo não é ele, mas antes o colector de impostos
Gaspar, bem comportado funcionário dos adeptos europeus da austeridade, sopeiro
dos credores e da banca europeia e fiel submissão da Alemanha e do ministro das
finanças Wolfgang Schauble - o que fazem os tachos futuros...) - voltou a revelar
hoje toda a hipocrisia, a mentira e a manipulação propagandística patética em
que assentam as suas intervenções públicas, atributos aos quais
sistematicamente recorre. Estamos perante um indivíduo declaradamente
intratável quanto às opções políticas, à sua cegueira, que é aquilo que é, nada mais havendo a dizer. Agora a
população que vá fazer festas por causa do apuramento para a final do Benfica ( já ganhou alguma
coisa?) e deixe que este gangue que tomou de assalto o poder lhe meta a mão no
bolso, devagar, devagarinho... O nº 2 do governo de coligação de Lisboa usou de
novo a bandeira demagógica de que não vai aumentar impostos por causa da economia,
uma vez mais enganando descaradamente os portugueses. Mas esqueceu-se de dizer
que vai cortar os rendimentos disponíveis de milhares de famílias de milhares
de desempregados - e nem faço alusão aos 30 mil funcionários públicos que
pretende despedir - que vai empobrecer os reformados e pensionistas, numa
política bandalha bem à imagem deste poder bandalho que destrói o país e cava clivagens sociais
que serão graves e que desejo possam ser o rastilho para uma maior
consciencialização social e para a revolta e a contestação.