sexta-feira, maio 24, 2013

Ex-candidato a líder do PSD acusa Passos de "privilegiar" interesses financeiros




Li no Publico, num texto da jornalista Margarida Gomes que "Castanheira Barros não poupa primeiro-ministro, censurando as suas políticas e actuação liberal. Em defesa da social-democracia, Castanheira Barros, que se candidatou à liderança do PSD com Pedro Passos Coelho, em 2010, acusa o Governo de ter uma "actuação de cunho liberal, não consentânea com o programa nem com os estatutos do partido", e adverte que o que está a acontecer "vai para além dos limites do socialmente tolerável". Castanheira Barros reuniu-se esta semana, em Setúbal, com o grupo de militantes do PSD que integrou a comissão política nacional da sua candidatura e foram muitas as críticas que se ouviram às recentes políticas do Governo quanto à administração pública, pensionistas e ao modelo de desenvolvimento económico e social para o país. Em declarações ao PÚBLICO, o advogado, que foi o rosto da luta contra a co-incineração em 2006 na serra da Arrábida e em Souselas, enaltece a ideologia do partido para criticar o "cunho economicista do discurso político dominante" do Governo" e salientar que rejeita que a "política possa ser reconduzida a uma mera operação aritmético-financeira". "Os trabalhadores da administração pública, os pensionistas e o sector empresarial do Estado não podem ser o bombo da festa." E reclama: "É preciso uma política eminentemente social-democrata"."Estamos perante uma política de cunho verdadeiramente liberal em que se dá alguma prevalência aos interesses financeiros em detrimento dos interesses de quem trabalha", insurge-se o advogado. Durante o encontro, foram apresentadas medidas alternativas às propostas do Governo que passam pela "diminuição da dívida pública, nomeadamente a venda de património do Estado e renegociação das parcerias público-privadas, principalmente as que sejam prejudiciais para o Estado ou se revelem ruinosas. A posição do Tribunal Constitucional sobre pensões foi também contestada. "Nós discordamos frontalmente do Tribunal Constitucional quanto à tese de que não existe o direito a uma pensão em concreto. Isto é juridicamente um absurdo", declara, explicando que o "direito a uma pensão em concreto é, aliás, determinada segundo critérios unilateralmente fixados pelo Estado para os quais os pensionistas não são ouvidos nem achados".