Escreve
o Económico que "as divergências
entre a Alemanha e o resto da zona euro sobre as políticas de austeridade
ficaram ontem claras, quando o governador do banco central alemão (Bundesbank)
reagiu contra as medidas mais flexíveis adoptadas recentemente pelo BCEe pela
França. As
divergências entre a Alemanha e o resto da zona euro sobre as políticas de
austeridade ficaram ontem claras, quando o governador do banco central alemão
(Bundesbank) reagiu contra as medidas mais flexíveis adoptadas recentemente
pelo BCE_e pela França. Em entrevista ontem, ao jornal alemão ‘Bild am
Sonntag', o alemão Jens Weidmann criticou a abertura do presidente do BCE,
Mario_Draghi, para comprar obrigações dos países em dificuldades em troca de promessas
de reformas - o que levou a uma descida acentuada dos juros das dívidas periféricas,
incluindo Portugal. "Temo que a boa resposta dos mercados financeiros, em
especial a descida dos juros da dívida pública, reduza as pressões para o
combate às causas da crise", afirmou Weidmann. Para este responsável, as
políticas de aumento da liquidez que estão a ser levadas a cabo pelos
"bancos centrais de todo o mundo" - em particular a Reserva Federal
dos EUA, o Banco do Japão e o Banco de Inglaterra - têm como "riscos
secundários" a criação de uma "euforia" nos mercados que diminui
as preocupações dos políticos em cumprir as metas orçamentais, prolongando a
crise. O governador do Bundesbank disse ainda que a decisão de_Frankfurt em
baixar a taxa directiva para o valor mais baixo de sempre, 0,5%, é uma medida
que "não vai ser permanente". Weidmann lembrou ainda que Paris tem
uma "responsabilidade especial" em dar o exemplo, por ser uma das
maiores economias da zona euro. O líder do banco central alemão sublinhou que o
governo de François Hollande, crítico da austeridade, tem que "levar a
sério as novas regras para a redução do défice" para que a credibilidade
da zona euro "seja menosprezada" pelos mercados. O défice francês vai
subir para os 3,9% do PIB este ano e continua a resvalar em 2014, para os 4,2%"