segunda-feira, maio 20, 2013

Bundesbank critica medidas do BCE e de Paris


Escreve o Económico que "as divergências entre a Alemanha e o resto da zona euro sobre as políticas de austeridade ficaram ontem claras, quando o governador do banco central alemão (Bundesbank) reagiu contra as medidas mais flexíveis adoptadas recentemente pelo BCEe pela França. As divergências entre a Alemanha e o resto da zona euro sobre as políticas de austeridade ficaram ontem claras, quando o governador do banco central alemão (Bundesbank) reagiu contra as medidas mais flexíveis adoptadas recentemente pelo BCE_e pela França. Em entrevista ontem, ao jornal alemão ‘Bild am Sonntag', o alemão Jens Weidmann criticou a abertura do presidente do BCE, Mario_Draghi, para comprar obrigações dos países em dificuldades em troca de promessas de reformas - o que levou a uma descida acentuada dos juros das dívidas periféricas, incluindo Portugal. "Temo que a boa resposta dos mercados financeiros, em especial a descida dos juros da dívida pública, reduza as pressões para o combate às causas da crise", afirmou Weidmann. Para este responsável, as políticas de aumento da liquidez que estão a ser levadas a cabo pelos "bancos centrais de todo o mundo" - em particular a Reserva Federal dos EUA, o Banco do Japão e o Banco de Inglaterra - têm como "riscos secundários" a criação de uma "euforia" nos mercados que diminui as preocupações dos políticos em cumprir as metas orçamentais, prolongando a crise. O governador do Bundesbank disse ainda que a decisão de_Frankfurt em baixar a taxa directiva para o valor mais baixo de sempre, 0,5%, é uma medida que "não vai ser permanente". Weidmann lembrou ainda que Paris tem uma "responsabilidade especial" em dar o exemplo, por ser uma das maiores economias da zona euro. O líder do banco central alemão sublinhou que o governo de François Hollande, crítico da austeridade, tem que "levar a sério as novas regras para a redução do défice" para que a credibilidade da zona euro "seja menosprezada" pelos mercados. O défice francês vai subir para os 3,9% do PIB este ano e continua a resvalar em 2014, para os 4,2%"