quinta-feira, maio 02, 2013

Açores: "Secretário da Saúde apela aos críticos para ajudarem a encontrar Médicos de Família"



Segundo o Correio dos Açores, "o secretário Regional da Saúde dos Açores, Luís Cabral, lançou um desafio a “todos os que criticam a falta de médicos de família” na região para que “ajudem a encontrar médicos que queiram” ir trabalhar para o arquipélago. Falando na sessão de abertura das XVIII Jornadas dos Médicos de Família dos Açores, que decoirreramr em Ponta Delgada, o governante lembrou que este é uma “problema nacional” que se faz sentir sobretudo em regiões pequenas como os Açores, apesar dos incentivos que existem para a fixação de médicos nas ilhas. “A falta de médicos na região tem sido motivo recorrente de crítica política, como se fosse uma falta de diligência do Governo”, lembrou Luís Cabral, recordando que existem incentivos “bastante atrativos” na região (como um suplemento ao vencimento ou apoios para o transporte de familiares) que não serão, no entanto, suficientes para resolver o problema. O titular da pasta da Saúde nas ilhas apelou, por isso, a “todos os que criticam a falta de médicos de família e a todas as organizações da classe” para que ajudem a encontrar profissionais disponíveis para trabalhar na região. “Aliás, lanço o mesmo desafio aos participantes destas jornadas, que vêm de fora ou que conheçam alguns colegas que pretendem vir trabalhar para a região”, acrescentou. 
O secretário regional manifestou, no entanto, a esperança de que esta situação seja resolvida a breve trecho, com a conclusão da formação de vários médicos que vão poder reforçar a oferta nesta área especializada. O governante disse também aguardar pela adesão dos médicos ao regime de trabalho de 40 horas semanais, de acordo com o previsto na nova tabela remuneratória, que permitirá que cada profissional passe a atender 1.900 em vez de 1.500 utentes. “Não podemos encontrar respostas que aumentem os custos do Serviço Regional de Saúde”, advertiu Luís Cabral, lembrando que a solução para os problemas passa pela reorganização dos serviços e por medidas “criativas” que permitam fazer mais com as mesmas verbas. Em matéria de reorganização dos serviços, Luís Cabral entende que é necessário melhorar alguns aspectos, sobretudo na área da emergência médica, criando uma “boa rede de emergência pré-hospitalar” e chegando “cada vez mais rápido às pessoas em casos de acidentes e doenças súbitas”. O aumento da qualidade e da proficiência em cada serviço e a melhoria da articulação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares são outras áreas em que é possível trabalhar, no entender do governante"