Segundo
o Correio dos Açores, "o secretário
Regional da Saúde dos Açores, Luís Cabral, lançou um desafio a “todos os que
criticam a falta de médicos de família” na região para que “ajudem a encontrar
médicos que queiram” ir trabalhar para o arquipélago. Falando na sessão de
abertura das XVIII Jornadas dos Médicos de Família dos Açores, que decoirreramr
em Ponta Delgada, o governante lembrou que este é uma “problema nacional” que
se faz sentir sobretudo em regiões pequenas como os Açores, apesar dos
incentivos que existem para a fixação de médicos nas ilhas. “A falta de médicos
na região tem sido motivo recorrente de crítica política, como se fosse uma
falta de diligência do Governo”, lembrou Luís Cabral, recordando que existem
incentivos “bastante atrativos” na região (como um suplemento ao vencimento ou
apoios para o transporte de familiares) que não serão, no entanto, suficientes
para resolver o problema. O titular da pasta da Saúde nas ilhas apelou, por
isso, a “todos os que criticam a falta de médicos de família e a todas as
organizações da classe” para que ajudem a encontrar profissionais disponíveis
para trabalhar na região. “Aliás, lanço o mesmo desafio aos participantes
destas jornadas, que vêm de fora ou que conheçam alguns colegas que pretendem
vir trabalhar para a região”, acrescentou.
O
secretário regional manifestou, no entanto, a esperança de que esta situação
seja resolvida a breve trecho, com a conclusão da formação de vários médicos
que vão poder reforçar a oferta nesta área especializada. O governante disse
também aguardar pela adesão dos médicos ao regime de trabalho de 40 horas
semanais, de acordo com o previsto na nova tabela remuneratória, que permitirá
que cada profissional passe a atender 1.900 em vez de 1.500 utentes. “Não
podemos encontrar respostas que aumentem os custos do Serviço Regional de
Saúde”, advertiu Luís Cabral, lembrando que a solução para os problemas passa
pela reorganização dos serviços e por medidas “criativas” que permitam fazer
mais com as mesmas verbas. Em matéria de reorganização dos serviços, Luís
Cabral entende que é necessário melhorar alguns aspectos, sobretudo na área da
emergência médica, criando uma “boa rede de emergência pré-hospitalar” e
chegando “cada vez mais rápido às pessoas em casos de acidentes e doenças
súbitas”. O aumento da qualidade e da proficiência em cada serviço e a melhoria
da articulação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares
são outras áreas em que é possível trabalhar, no entender do governante"