quinta-feira, maio 02, 2013

Nina Silva diz: “Nos Açores sinto-me mais no meio do planeta”




Correio dos Açores – É uma arquitecta portuguesa no mundo global…
Nina Andrade Silva – Completamente do mundo. Ando sempre de um lado para o outro. Agora vim de Qualalampur, na Malásia e estive no Dubai. Fiquei dois dias em Lisboa e fui para a Colômbia e para o Perú e, depois de mais dois dias em Lisboa, vim para os Açores…
A sua base é em Lisboa?
A minha origem é o Funchal. Eu sou madeirense. Comecei por criar um gabinete na Madeira com mais dois sócios. A única casa que tenho – porque faço questão de ter uma casa só – é na Madeira. Tenho de ter um sítio onde pertenço e o meu coração pertence à Madeira e o resto vivo de hotel. Vou vivendo de hotel de um lado para o outro.
De vez em quando visita a sua casa?
Sim, de vez em quando visito a minha casa. Já tenho saudades de casa.
Quando criou o seu primeiro gabinete no Funchal?
O gabinete já tem 20 anos. Primeiro criei com mais dois sócios uma loja no Funchal que se chama ‘Esboço Interiores’. Nós fazíamos interiores e fazíamos decoração. A seguir, a parte de arquitectura de interiores e o atelier Nina Andrade Silva tem cerca de 10 anos.
É há dez anos que se dá a sua internacionalização?
Vai-se dando porque, entretanto, com a loja ‘Esboço Interiores’ eu viajava muito para comprar as peças. Fomos expondo as nossas peças em vários sítios do mundo. E, a seguir, apareceu o atelier para fazermos mais a parte de arquitectura. E eu também pinto, crio móveis, eu faço uma data de coisas.
Não pára…
Não (sorriso).
Ao longo dos últimos dez anos obteve vários prémios…
Sim, tivemos muitos prémios. Já tinha antes, quando havia apenas o ‘Esboço Interiores’. Foi devido a um prémio que tivemos em Londres que começamos a fazer mais trabalho internacional. E, entretanto, praticamente todos os hotéis de design que temos feito têm sido premiados. Já representámos a Europa, já representámos a América. Fazemos questão de fazer o melhor que sabemos.
E, pelo meio, veio parar a São Miguel…
Sim, houve uns clientes dos Açores que me contactaram. Foram ao nosso atelier de Lisboa, disseram que queriam fazer um hotel em São Miguel e perguntaram-nos se pretendíamos fazer a arquitectura de interiores e se queríamos vir aos Açores. E cá estamos.
Uma nova unidade hoteleira numa altura em que o turismo nos Açores não está muito famoso…
Àh, com este hotel, não tenho dúvidas que o turismo açoriano estará famoso. Vai ser muito bonito. É uma unidade hoteleira diferente. Acho que vai haver turistas suficientes para este hotel.
(Leia aqui a entrevista na íntegra da arquitecta madeirense ao Correio dos Açores, com a devida vénia)