Segundo o jornalista do DN do Funchal, Miguel Silva, "está longe do fim o clima de desconfiança que separa o presidente do PTP nacional e o grupo parlamentar daquele partido na Assembleia regional. As relações estão mesmo bastante tensas e podem ter desenvolvimentos radicais, conforme indicia uma carta enviada esta sexta-feira por Amândio Madaleno, o líder nacional, a Quintino Costa, assessor do grupo parlamentar de José Manuel Coelho. O imbróglio é grande. Ainda há poucos dias era comentada uma provável ruptura entre a estrutura nacional e o grupo parlamentar na Madeira. O caso terá sido ultrapassado com a intervenção de José Manuel Coelho, que serviu para acertar as contas com o seu mais recente partido. No entanto, aquilo que parecia ser o retomar de uma clima de normalidade acabou por espoletar nova divergência profunda quando Coelho admitiu, ao DIÁRIO, que teve contactos para a fundação de um novo partido para o caso de se confirmar a ruptura com a direcção de Amândio Madaleno, mas que preferia continuar no PTP. Quinta-feira, Madaleno mandou um e-mail a Quintino Costa, ex-dirigente comunista que passou a assessor do PTP na Assembleia regional. Madaleno diz que "como presidente" nacional tem "direito a saber se algum dos três deputados eleitos ou algum dos que constam na lista de candidatos assinou" por esse novo partido. O presidente do PTP pede ao "sr. Quintino" uma "declaração assinada por todos os membros indicados na candidatura do PTP à ALRM incluindo os eleitos e os que ainda não tomaram posse" onde estes garantam que não participaram em qualquer acto de formação de um novo partido. E avisa: "Escusado será dizer que se não receber a declaração colectiva ou as declarações individuais num prazo de 5 dias, o dr. Miguel Mendonça terá razões para ficar feliz". Embora sem especificar as razões da felicidade do presidente da Assembleia, depreende-se que seja pela eventual destituição do grupo parlamentar e consequente perda de significativas verbas. Madaleno avisa ainda Quintino Costa de que o partido vai instaurar um inquérito. A carta não termina sem um desabafo pela mudança de atitude que vê em José Manuel Coelho: "Longe vão os tempos da famosa vassoura", afirma, numa clara referência à candidatura presidencial de José Manuel Coelho que percorreu o país com uma vassoura numa alusão à limpeza que pretendia fazer na classe política nacional. As ameaças do presidente nacional do Partido Trabalhista deixam Quintino Costa atónito. O antigo dirigente e funcionário do PCP, que se mudou para o PTP depois das eleições regionais em que os comunistas perderam um deputado e os trabalhistas ganharam três, desconhecia que a carta era pública. Quintino disse ainda que não concorda com a discussão pública de assuntos internos mas não consegue evitar o seu desapontamento.
Quintino é só assessor mas discorda
Quintino Costa faz questão de esclarecer que não é militante do PTP, mas apenas assessor do grupo parlamentar. Logo, conclui, aquilo que o liga ao PTP é apenas uma relação profissional. Mesmo assim manifesta-se contra as fugas de informação. "Não percebo, nem me revejo nas mesmas", afirma. O assessor diz que o PTP deve reger-se pela lei e pelos estatutos. E acrescenta que se o partido "quer ter legitimidade para criticar os outros, deve ter a sua casa arrumada". Apesar do reparo interno, Quintino não entende as críticas que são feitas às verbas que o PTP recebe do 'jackpot' da Assembleia quando todos os outros partidos também o recebem, diz. Mais: garante que as contas do PTP estão a ser acompanhadas por uma empresa de contabilidade e que brevemente serão tornadas públicas".
Quintino é só assessor mas discorda
Quintino Costa faz questão de esclarecer que não é militante do PTP, mas apenas assessor do grupo parlamentar. Logo, conclui, aquilo que o liga ao PTP é apenas uma relação profissional. Mesmo assim manifesta-se contra as fugas de informação. "Não percebo, nem me revejo nas mesmas", afirma. O assessor diz que o PTP deve reger-se pela lei e pelos estatutos. E acrescenta que se o partido "quer ter legitimidade para criticar os outros, deve ter a sua casa arrumada". Apesar do reparo interno, Quintino não entende as críticas que são feitas às verbas que o PTP recebe do 'jackpot' da Assembleia quando todos os outros partidos também o recebem, diz. Mais: garante que as contas do PTP estão a ser acompanhadas por uma empresa de contabilidade e que brevemente serão tornadas públicas".