O primeiro-ministro albanês anunciou que o país vai ter uma ministra totalmente produzida por inteligência artificial, Diella, que será responsável pela contratação pública. Diella. Este é o nome da nova ministra do governo albanês, produzida pela inteligência artificial (IA). Com o significado de “raio de sol” em albanês, a nova ministra ficará responsável por todo o processo de contratação pública, anunciou nesta quinta-feira o primeiro-ministro Edi Rama durante a assembleia do Partido Socialista, em Tirana.
“Diella é o primeiro membro não fisicamente presente, mas virtualmente criada por inteligência artificial”, declarou o primeiro-ministro perante os militantes. “Ela será a servidora dos concursos públicos”, onde todas as decisões “sairão das mãos dos ministérios” e passarão para a Diella, de acordo com o Politico. Segundo Edi Rama, a nova ministra virtual tem como missão garantir transparência total nos contratos públicos. “A Albânia será um país onde os concursos públicos são 100% incorruptíveis e onde cada fundo, que passa pelo procedimento, é 100% legível. Isto não é ficção científica, é o dever de Diella”, disse.
O chefe do governo explicou ainda que a plataforma e-Albania, já usada pelos cidadãos para aceder a serviços governamentais online, será a base de funcionamento da ministra virtual. Diella, que surge com o avatar de uma jovem em trajes tradicionais, terá também “o direito de contratar talentos de qualquer parte do mundo, quebrando os medos, os preconceitos e a rigidez da administração. Isto não é ficção científica, mas sim o dever da Diella.”.
O primeiro-ministro, reeleito em maio para um histórico quarto mandato, sublinhou que a medida faz parte de uma estratégia de combate à corrupção, um dos maiores problemas do país. “Durante décadas, a Albânia lutou contra a corrupção nas instituições e, em particular, nos concursos públicos. Chegou o momento de dar um salto que nos levará para uma nova era”, afirmou.
A Albânia continua a figurar entre os países com perceções de corrupção relativamente elevadas, especialmente no setor público, apesar de algumas melhorias nos últimos anos. No Índice de Perceção de Corrupção de 2024, da Transparência Internacional, o país obteve 42 pontos em 100 e ficou em 80.º lugar entre 180 países, o que indica que ainda existe desconfiança significativa quanto à integridade das instituições estatais (ECO online, texto do jornalista Tiago Alexandre Pereira)
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