Começo por rectificar: estas declarações do deputado do PND António Fontes foram feitas na sessão plenária de 19 de Julho, durante a discussão de um Voto de Protesto, do Bloco de Esquerda intitulado "Pela instrumentalização do Parlamento por parte do Governo Regional".
(...)
O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado António Fontes.
O SR. ANTÓNIO FONTES (PND):- Sr. Presidente, Srs. Deputados, 35 anos, 35 anos após a primeira Sessão do Parlamento Regional e nem uma palavra ouvi aqui hoje sobre esse aniversário. Nem uma palavrinha sobre isso…
Burburinho do PSD.
…nem uma, nem uma.
Comentário de um Sr. Deputado do PSD.
Eu queria abordar este tema…
Burburinho.
Eu queria abordar, mas nem uma palavra ouvi. Eu não ouvi.
A partir do momento em que o Sr. Presidente é eleito, o Presidente deste Parlamento, e isso está no Regimento,… Comentários do Sr. Roberto Almada (BE).
…passa a ser representante de todos os deputados individualmente considerados e não de partidos políticos, isto é muito importante. Passa a ser representante de todos os deputados individualmente considerados, independentemente da representatividade que os deputados tenham aqui dentro. É assim em todos os parlamentos. É assim em todos os parlamentos! Eu vou trazer cá o regimento dos vários Parlamentos Europeus para verem como as coisas funcionam assim em todos os parlamentos. Este Regimento a partir do momento em que eu entro aqui dentro, seja eleito por 3 mil ou 4 mil eleitores, tenho o mesmo direito aqui dentro de exercer o uso da palavra individualmente considerado como qualquer um dos outros deputados.
A segunda nota que eu queria deixar era esta: se razões haviam para receber a Comissão Nacional de Eleições era nesta oportunidade. E sabem porquê? Porque era muito interessante explicar, e eu tenho tudo o prazer de ir à Comissão Nacional de Eleições explicar, como é que em 1980 na eleição presidencial Ramalho Eanes/Soares Carneiro, como é que o Sr. General Ramalho Eanes perdeu aqui na Madeira. Tenho todo o prazer de ir à Comissão Nacional de Eleições explicar e faço um apelo ao Sr. General Ramalho Eanes que esteja com atenção…
O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado.
O ORADOR:- …que eu vou lá dizer.
Essa explicação – e acabo já, Sr. Presidente –, essa explicação será a mesma que vou dar se me convidarem para dizer como é que o PSD/Madeira vai ganhar as próximas eleições, em Outubro próximo.
Burburinho do PSD.
O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sr. Deputado.
Vou colocar à votação o voto de protesto.
Submetido à votação, foi rejeitado com 25 votos contra do PSD e 13 votos a favor sendo 6 do PS, 2 do PCP, 2 do CDS/PP, 1 do BE, 1 do MPT e 1 do PND.
E vamos entrar na ordem de trabalhos.
ORDEM DO DIA
Passamos ao ponto 1, da nossa ordem de trabalhos... (...)".
Como se constata é tudo uma hipocrisia oportunista, idiota e hipócrita de um PS desesperado que vai a reboque dos factos políticos gerados por outros e pela comunicação social, no quadro da tentativa de esmagar os outros partidos da oposição para que seja ele a ter o mediatismo todo.
quarta-feira, setembro 14, 2011
O PND, 1980 e o oportunismo do PS desesperado
segunda-feira, junho 06, 2011
PND perdeu quase 700 votos
terça-feira, maio 24, 2011
Pedido da CNE para suspender tempo de antena do PND aprovado por maioria
CNE quer a suspensão dos tempos de antena do PND
terça-feira, março 15, 2011
E depois ainda dizem que a culpa foi da ALM?
António Fontes já é deputado
domingo, março 13, 2011
A estreia de António Fontes

***
O REGIMENTO
A possibilidade do advogado António Fontes poder desempenhar nos últimos meses do mandato da actual Legislatura já na 3ª feira depende de três factores distintos:
- a entregue em tempo útil de um novo pedido de suspensão do mandato do deputado Baltasar Aguiar para ser substituído agora, por António Fontes; tal procedimento não foi feito, como é evidente, ainda;
- em segundo lugar a Comissão de Regimento e Mandatos tem que se pronunciar pois embora tendo sido o 2º candidato da lista, António Fontes nunca exerceu o cargo de deputado regional nem nunca pediu suspensão de mandato. Pediu sempre escusa. Ora como a Comissão de Regimento e Mandatos verifica os poderes dos deputados que exercem o mandato e não dos candidatos que sistematicamente não assumem o lugar por razões pessoais, políticas ou as previstas no regimento, neste caso, tratando-se de uma estreia, vai ter que se pronunciar. Caso António Fontes tivesse exercido o mandato de deputado um dia que fosse, a transferência do mandato de Baltazar Aguiar para ele seria imediata, não sendo a CRM chamada para o processo. Pelo menos é este o meu ponto de vista e não me venham com "intervenções" próprias do baldanço de final de legislatura, porque o procedimento foi sempre este. Aliás lembro-me do pormenor, que sempre achei estranho e despropositado, de terem exigido que se pronunciassem, por parecer, uma vez quando Coelho substituiu pela segunda vez Baltasar Aguiar, já nesta legislatura. E para que José Manuel Coelho não tenha razões para impugnar os procedimentos adoptados é bom, que actuem como devem actuar em vez de andarem a inventar.
- Com boa vontade da CRM, caso os documentos estejam na posse do Presidente da Assembleia a quem cabe neste caso emitir despacho, durante a manhã de segunda-feira, a coisas podem ir a tempo de 3ª feira, porque quem é deputado neste momento é Baltasar Aguiar e não António Fontes. Por isso acho que o mais provável é termos Fontes como deputado na 4ª feira, embora nada invalide que o possa ser já na 3ª feira se se conjugarem vários factores burocráticos, é certo, porventura cretinos alguns, é ainda mais certo, mas que de uma maneira ou de outra têm que ser cumpridos. Mas, como diz o outro, façam o que entenderem, porque me estou borrifando. Depois não se queixem que JM Coelho venha suscitar a legalidade do processo de substituição em questão já que no fundo ele foi o "prejudicado" pelas decisões agora tomadas pelo PND, que também não deve estar disposto a embarcar em teorias de regimentais iluminados de pacotilha.
sexta-feira, março 11, 2011
Coelho: João Paulo Gomes vai desvincular-se do PS
Madeira: José Manuel Coelho deixou de ser deputado regional
José Manuel Coelho troca PND pelo PTP

sexta-feira, março 04, 2011
Agrava-se o diferendo
As denúncias agora assumidas, aparentemente assentes na confortável votação que o deputado teve nas eleições presidenciais de 23 de Janeiro - foi mais votado do que Cavaco Silva nos concelhos do Funchal, Santa Cruz e Machico - levam à mais que previsível ruptura. Se a ligação estava por um fio desde as presidenciais, é provável que esse fio se parta nos próximos dias. O deputado do PND volta hoje às entrevistas nacionais. Desta vez para um programa humorístico conduzido por Nicolau Breyner. O "NicoShow" com José Manuel Coelho foi gravado ontem, em Lisboa, e será emitido hoje à noite na RTP1. Deputado a praz: O mandato acaba dia 11José Manuel Coelho sente-se um trabalhador precário. Mesmo sendo deputado, não foi eleito directamente e nunca sabe quando deixará de o ser. Isto porque ao longo desta Legislatura tem sido repetidamente convidado a substituir Baltasar Aguiar, o deputado efectivamente eleito pelo PND nas regionais de 2007, mas sempre pelo período mínimo. Enquanto na generalidade dos outros partidos ou grupos parlamentares, as substituições de deputados ocorrem por seis meses ou um ano, no caso de José Manuel Coelho, as renovações, diz, são feitas por apenas dois meses e habitualmente renovadas por igual período. Tal procedimento tem motivações óbvias para o deputado: "Se não me portasse bem era dispensado". É isso que espera ver acontecer de hoje a oito dias, sexta-feira, dia 11 quando terminar o actual prazo. A razão é simples: "Comecei a contestar e eles já não me querem".
Futuro: "Queria ficar no PND democrático"Apesar das acusações ao PND, José Manuel Coelho confessa que preferia partir para as eleições regionais de Outubro integrado nas listas do PND. Mas, para isso, o PND teria de se "reconverter". Teria de ser democrático e aceitar militantes, congressos e todas as regras habituais num partido. O deputado admite que a sua vasta experiência política com um percurso errante por vários partidos não beneficia a imagem de coerência que pretende dar à sua mensagem política. Reconhece que assumir-se como comunista, ter passado pela UDP e ser deputado pelo PND não abona a favor da sua credibilidade. E aceita ainda que Guida Vieira, no artigo que escreveu na nossa edição de ontem, tinha alguma razão ao referir-se justamente a esse percurso de 'salta partidos'. Mesmo assim, parece-lhe inevitável nova mudança porque não acredita que o PND aceite deixar de "excluir militantes" como terá feito com João Paulo Gomes e outros que queriam dar expressão partidária à votação presidencial".
A propósito de suspensões...
terça-feira, março 01, 2011
Reafirmamos: PH foi contactado indirectamente
Partidos registados no Tribunal Constitucional

