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sábado, maio 24, 2025

Mais de 60% das pensões de reforma estão abaixo dos 480 euros

Mais de 1,3 milhões de pensionistas portugueses vivem com pensões mensais que não ultrapassam os 480,43 euros, segundo revela o Relatório da Conta da Segurança Social de 2023, divulgado esta semana. O documento aponta que 1.359.573 reformados — cerca de 66% do total — estão enquadrados nos dois escalões mais baixos do sistema, com pensões até ao valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), fixado precisamente nos 480,43 euros no ano passado. Apesar de uma ligeira redução percentual face ao universo total de pensionistas — menos 0,7 pontos percentuais em comparação com 2022 —, o número absoluto de beneficiários nos escalões mais baixos aumentou em 7.958 pessoas. O relatório traça assim um retrato de persistente fragilidade económica entre a maioria dos reformados, ainda que alguns indicadores revelem uma tendência de progressiva renovação no sistema.

Em 2023, a pensão média de velhice aumentou para 544,88 euros, um acréscimo de 7,7% face ao ano anterior. Esta subida é explicada não só pela atualização anual do valor das pensões, mas também pela entrada de novos pensionistas com reformas ligeiramente mais elevadas. Ainda assim, o valor médio mantém-se significativamente abaixo do limiar de pobreza em Portugal. O número total de pensionistas por velhice subiu para 2.124.000 pessoas, representando 70,4% do total de pensionistas. Houve mais 35.300 pessoas (+1,7%) a entrarem no sistema por atingirem a idade legal de reforma. A idade média dos beneficiários no regime geral também aumentou, passando para 75 anos e 7 meses, mais três meses do que em 2022.

Menos de 40% dos portugueses acima dos 50 anos recebem pensões

 


Menos de 40% dos portugueses com 50 a 74 anos recebem pensões, sejam elas de velhice ou invalidez. De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat, esta é das menores fatias observadas na União Europeia, sendo que, por exemplo, na Polónia mais de 55% das pessoas nessa faixa etária recebam prestações deste tipo. Comecemos pelo retrato global do bloco comunitário. “Em 2023, 45,1% das pessoas com 50 a 74 anos receberam pensões na União Europeia. Neste grupo, 39,7% receberam pensões de velhice, 4,6% pensões de invalidez ou outro tipo de benefício por incapacidade, 0,8% receberam ambos estes tipos de pensões“, informa o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.

Entre os 50 e os 59 anos, detalha o Eurostat, as pensões de invalidez eram as predominantes. Mas nas idades mais avançadas, “as pensões de velhice rapidamente tomavam a dianteira”. Assim, entre os europeus com 70 a 74 anos, a maioria recebia pensões de velhice (97,2% dos homens e 89,5% das mulheres). Há, porém, diferenças consideráveis entre os países do bloco comunitário. Enquanto na Polónia, mais de 55% das pessoas com 50 a 74 anos recebem pensões (de velhice ou invalidez), em Espanha essa fatia pouco ultrapassa a fasquia dos 30%.

domingo, setembro 18, 2022

Expresso - O retrato do pensionista médio em Portugal: 75 anos de idade, 28 de descontos, 490 euros de reforma

 


“Suplemento extraordinário” de outubro e atualização em torno dos 4% em janeiro abrangem apenas reformas pagas pela Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações. Quem são estes reformados, quanto ganham e quanto descontaram? Deixamos-lhe uma caracterização em 10 gráficos. Daqui a poucas semanas, quase três milhões de pensionistas vão receber mais meia reforma por cheque ou transferência bancária. O dinheiro chega juntamente com a reforma mensal, a 8 de outubro para quem a recebe da Segurança Social e a 19 se o pagamento for da responsabilidade da Caixa Geral de Aposentações (CGA).

O grupo de reformados que vai começar a receber o “cheque” é vasto e heterogéneo, mas:

  • está sobretudo concentrado na Segurança Social;
  • recebe uma pensão média que não chega aos 500 euros;
  • tem em média 75 anos de idade;
  • descontou em média 28 anos para a Segurança Social.

Na Caixa Geral de Aposentações, onde está um grupo menos numeroso, os números são ligeiramente diferentes. Recebem mais do dobro do que os da Segurança Social, em termos médios, e descontaram mais quatro anos, em média.

Deixamos-lhe 10 gráficos que caracterizam o universo de reformados que, nas duas últimas duas semanas, estiveram no centro do debate político e mediático, devido à decisão do Governo de criar um “suplemento extraordinário”, somando-o a uma atualização que ficará aquém do que as regras indicam, tudo em nome da sustentabilidade da Segurança Social e das contas públicas.

terça-feira, outubro 08, 2013

quarta-feira, setembro 15, 2010

Estado social: Pensões vão ter aumentos inferiores a 1% em 2011!

Li no Económico que "no próximo ano, a maioria das pensões não deverá aumentar mais do que 0,8 % ou 0,9%, a avaliar pelas previsões solicitadas pelo Diário Económico a vários bancos. E as restantes deverão contar com aumentos mais baixos ainda. Isto porque a actualização das pensões está indexada à inflação de Outubro. Os cálculos dos vários economistas (Montepio, BPI, BES, Santander e Informação de Mercados Financeiros) apontam para que a inflação média dos últimos 12 meses, em Outubro, se situe entre 0,9% e 0,92%. O cálculo das pensões é feito com base no valor da inflação disponível a 30 de Novembro (portanto, registado em Outubro), mas exclui habitação. Seja como for, os valores dos índices têm andado muito próximos. Ainda assim, poder-se-á assumir menos uma décima na inflação sem habitação, face ao andamento do índice total, que é o que se tem verificado, em média, nos últimos meses, explica a economista-chefe do BPI, Cristina Casalinho. Se assim for, os aumentos das pensões mais baixas ficará em 0,8%. Este aumento não é visto com bons olhos pelos sindicatos. A UGT quer debater o assunto nas negociações do Pacto para o Emprego e vai fazer depender o acordo também deste ponto. Aumentos muito baixos e que não garantem aumento do poder de compra, diz a UGT, recordando as previsões do Banco de Portugal, que apontam para valores de inflação de 1,4% este ano e de 2% no próximo. A maior preocupação, diz João Proença, são as pensões mais baixas. O secretário-geral da UGT salienta que a questão não pode estar dissociada da discussão de política de rendimentos: "estamos disponíveis para discutir salário mínimo, entrada em vigor parcial do código contributivo e outras questões mas desde que haja aumento das pensões um pouco superior", diz Proença. No seu caderno reivindicativo, a UGT exige "que nenhum pensionista com pensão abaixo de três salários mínimos [1.425 euros, este ano] perca poder de compra". Já a CGTP garante que discutirá o assunto em concertação social se este for abordado, mas reivindica alterações definitivas às regras dos aumentos, na Assembleia da República, defendendo que haja sempre ganhos de poder de compra".
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terça-feira, outubro 21, 2008

2,8 milhões de pensionistas da Segurança Social

Segundo os dados do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) para 2006, disponíveis no sistema de informação Sales Index da Marktest, são 2,793 mil os beneficiários de pensões de invalidez, velhice ou sobrevivência, um número que representa 26.4% do total de residentes no território nacional. Uma análise por concelhos mostra que o peso dos pensionistas no total da população residente chega a atingir os 79.7% no Corvo, os 58.8% em Gavião ou os 57.7% em Lajes das Flores. Pelo contrário, o peso destes indivíduos na população residente é menor nos novos concelhos de Odivelas (9.2%), Trofa (10.5%) e Vizela (13.3%) e em Lagoa, Açores (14.6%) e Sintra (15.1%).


A maior parte dos pensionistas recebem pensões de velhice, o que representa 63.9% do total de pensionistas. Os pensionistas de invalidez representam 11.3% do total e os de sobrevivência, 24.8%. O valor pago em pensões de invalidez, velhice e sobrevivência ultrapassou os 11 mil milhões de euros, em 2006, um valor que equivale a cerca de 337 euros mensais por pensionista. Em concelhos como Corvo, Lajes das Flores e Santa Cruz das Flores (nos Açores) observam-se os valores médios mais baixos, respectivamente de 149, 186 e 227 euros mensais por pensionista, enquanto em Oeiras, Cascais e Odivelas se observam os valores médios mais elevados nas pensões auferidas pelos pensionistas aí residentes, respectivamente de 520, 475 e 463 euros mensais.

(fonte: Marktet.com, Outubro de 2008)