quarta-feira, setembro 15, 2010

Estado social: Pensões vão ter aumentos inferiores a 1% em 2011!

Li no Económico que "no próximo ano, a maioria das pensões não deverá aumentar mais do que 0,8 % ou 0,9%, a avaliar pelas previsões solicitadas pelo Diário Económico a vários bancos. E as restantes deverão contar com aumentos mais baixos ainda. Isto porque a actualização das pensões está indexada à inflação de Outubro. Os cálculos dos vários economistas (Montepio, BPI, BES, Santander e Informação de Mercados Financeiros) apontam para que a inflação média dos últimos 12 meses, em Outubro, se situe entre 0,9% e 0,92%. O cálculo das pensões é feito com base no valor da inflação disponível a 30 de Novembro (portanto, registado em Outubro), mas exclui habitação. Seja como for, os valores dos índices têm andado muito próximos. Ainda assim, poder-se-á assumir menos uma décima na inflação sem habitação, face ao andamento do índice total, que é o que se tem verificado, em média, nos últimos meses, explica a economista-chefe do BPI, Cristina Casalinho. Se assim for, os aumentos das pensões mais baixas ficará em 0,8%. Este aumento não é visto com bons olhos pelos sindicatos. A UGT quer debater o assunto nas negociações do Pacto para o Emprego e vai fazer depender o acordo também deste ponto. Aumentos muito baixos e que não garantem aumento do poder de compra, diz a UGT, recordando as previsões do Banco de Portugal, que apontam para valores de inflação de 1,4% este ano e de 2% no próximo. A maior preocupação, diz João Proença, são as pensões mais baixas. O secretário-geral da UGT salienta que a questão não pode estar dissociada da discussão de política de rendimentos: "estamos disponíveis para discutir salário mínimo, entrada em vigor parcial do código contributivo e outras questões mas desde que haja aumento das pensões um pouco superior", diz Proença. No seu caderno reivindicativo, a UGT exige "que nenhum pensionista com pensão abaixo de três salários mínimos [1.425 euros, este ano] perca poder de compra". Já a CGTP garante que discutirá o assunto em concertação social se este for abordado, mas reivindica alterações definitivas às regras dos aumentos, na Assembleia da República, defendendo que haja sempre ganhos de poder de compra".
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