Fernando Medina, antigo ministro das Finanças, condena, em entrevista à Antena 1, quem se aproveitou politicamente do caso Spinumviva e condena também tudo o que ouviu vindo dos partidos, incluindo o Partido Socialista. O deputado socialista considera que foi feita uma má avaliação do caso por parte de Luís Montenegro, defende ainda que o rumo do país podia ter sido diferente se o primeiro-ministro tivesse encerrado a empresa mais cedo e lamenta que o país vá novamente a eleições. Na entrevista à Antena 1, Medina diz que o facto de ter apresentado uma declaração de voto individual na votação da moção de confiança foi uma forma de demonstrar isto: "Lamento não termos conseguido evitar as eleições". Perante o cenário de novas eleições, o socialista alerta que os partidos devem estar atentos às necessidades dos eleitores e que, se isso não acontecer, a abstenção vai ser elevada e existe "o risco de crescimento dos extremos". Além disso, Medina comentou a garantia de Montenegro de que "avança com certeza" como candidato a primeiro-ministro, elogiando a clarificação para no futuro “evitar uma nova comoção nacional”. Medina acusou ainda o Governo de Montenegro de empurrar para a frente o impacto real das medidas aprovadas, como o aumento dos salários em determinadas carreiras da Administração Pública, e acredita que o “país vai pagar caro em algumas áreas”, lembrando que uma das áreas nacionais que obrigará a um investimento público e a escolhas “exigentes” é a Defesa Nacional. O antigo ministro das Finanças diz também que o Presidente da República estava limitado tendo em conta as posições extremadas de PSD e PS, mas que espera que, apesar disso, Marcelo Rebelo de Sousa tenha tido “esse trabalho de bastidores, de mediação”, mesmo que “não tenha sido suficiente para impedir uma crise política”. Sobre as eleições presidenciais, Fernando Medina reafirmou o seu apoio a António Vitorino e pediu bom senso em caso de segunda volta (CNN-Portugal)
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