quinta-feira, junho 10, 2021

Sondagem: Oposição bate no fundo, com saldo muito negativo nos mais velhos

 

Rio quatro pontos à frente de Ventura como líder da oposição. Catarina Martins a crescer. Não há, entre os partidos da Oposição, demasiados motivos para festejar a trajetória descendente de António Costa.

Se o cenário já era mau em abril, ficou pior no último mês, como mostra a sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF: a Oposição bate no fundo, com apenas 22% de notas positivas e 39% de negativas, o pior saldo negativo (18 pontos percentuais) deste o arranque desta série de barómetros, em julho do ano passado.

Observando os resultados dos vários segmentos da amostra, seria expectável, por exemplo, que muitos dos cidadãos mais velhos que massivamente viraram as costas ao primeiro-ministro, se aproximassem da alternativa. A expectativa não se confirma. O desagrado com a prestação da Oposição aumenta com a idade (saldo positivo, e de apenas um ponto, só entre os mais novos) e entre os que têm 65 anos ou mais há um saldo negativo de 43 pontos (Costa tem um saldo positivo de 15 pontos no mesmo escalão).

No que diz respeito aos segmentos partidários, o saldo só é positivo para a Oposição entre os eleitores comunistas. Os mais cáusticos são os eleitores dos dois novos partidos da Direita, como é habitual: no caso do Chega, são 36 pontos de saldo negativo, nos liberais chega aos 60 pontos. Mas também entre os sociais-democratas se acentua o mal-estar com a Oposição e, presume-se, com a prestação dos seu próprio partido: um saldo negativo de 17 pontos.

LIDERANÇA A NORTE

No que diz respeito à figura que lidera a Oposição, Rui Rio (32%) mantém-se quatro pontos à frente de André Ventura (28%), mas ambos em maré baixa. O líder do PSD acumula uma perda de nove pontos em dois meses. Num distante terceiro lugar aparece Catarina Martins (17%), há dois meses em maré alta.

A liderança de Rui Rio é mais visível nas regiões do Norte e da Área Metropolitana do Porto. Empata com o líder do Chega no Sul, mas perde para este no Centro, enquanto a coordenadora bloquista tem os melhores resultados nas regiões de Lisboa e do Sul (Jornal de Notícias, texto do jornalista Rafael Barbosa)

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