quarta-feira, junho 02, 2021

Covid-19: Recuperar de doença ligeira e ser vacinado pode dar imunidade para o resto da vida, apontam estudos


A imunidade contra o coronavírus dura pelo menos um ano e provavelmente pode durar a vida inteira, melhorando com o tempo, sobretudo depois de alguém ter recuperado da doença ligeira e ser vacinado, segundo o ‘La Vanguardia’. Esta é a conclusão de dois novos estudos, cujas descobertas podem ajudar a dissipar dúvidas não resolvidas sobre quanto tempo o efeito das vacinas contra a Covid-19 vai durar.

Ambos os estudos sugerem que a maioria das pessoas que se recuperaram da Covid-19 e foram posteriormente inoculadas não vai precisar de reforços. No entanto, as pessoas vacinadas que nunca foram infetadas provavelmente vão necessitar de mais doses de vacinas, para alcançar essa imunidade. Segundo uma das pesquisas, pessoas que passaram pela Covid-19 de forma ligeira têm, meses após se recuperar, células do sistema imunológico no seu organismo, que bombeiam anticorpos contra o vírus.

O estudo, publicado na revista Nature, também conclui que essas células poderiam persistir ao longo da vida, produzindo anticorpos para sempre, o que ignifica que a imunidade durará a vida inteira. Um outro estudo, publicado no BioRxiv, descobriu que essas células de memória, chamadas de células B, continuam a amadurecer, fortalecendo-se durante pelo menos 12 meses após a infeção inicial. Olhando para as descobertas publicadas na revista Nature, estas sugerem que casos ligeiros de Covid-19 deixam os infetados com proteção de anticorpos de longa duração e que episódios repetidos da doença são provavelmente raros.

“No outono passado, houve relatos de que os anticorpos diminuem rapidamente após a infeção com o vírus que causa a Covid-19, e a imprensa interpretou isso como um significado de que a imunidade não era duradoura”, observou o autor principal, Ali Ellebedy, do estudo da Nature.

Mas isso é uma interpretação “errada” dos dados, defende. “É normal que os níveis de anticorpos caiam após uma infeção aguda, mas não caem para zero, apenas estabilizam”, explica acrescentando: “Encontrámos células produtoras de anticorpos em pessoas 11 meses após os primeiros sintomas. Essas células vão manter-se e produzir anticorpos para o resto da vida, dando imunidade duradoura” (Multinews, texto da jornalista Simone Silva)

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