Os resultados do Índice Sintético de Desenvolvimento
Regional (ISDR) de 2019 divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)
indicam que a Área Metropolitana de Lisboa continua a ser a única região NUTS
II do país a superar a média nacional em termos de desenvolvimento regional,
com o índice global (agregação dos índices de competitividade, coesão e
qualidade ambiental) a situar-se em 106,37, mínimo da série iniciada em 2011.
Na Região Autónoma da Madeira (RAM) aquele índice fixou-se em 97,29, registando um aumento considerável face a 2018 (95,10) e constituindo um máximo da série. Por sua vez, na Região Autónoma dos Açores (RAA) foi observado um índice de 89,24, valor, que apesar de representar uma ligeira melhoria face a 2018 (89,04), é o mais baixo entre as 7 regiões NUTSII.
No índice de competitividade, a Área Metropolitana de
Lisboa destaca-se das restantes regiões: para além de registar o valor mais
elevado do país em 2019 (113,66), apresenta-se também como a única região NUTS
II a superar a média nacional. As Regiões Autónomas apresentam, ao invés, os índices
de competitividade mais reduzidos comparativamente às regiões do Continente. No
entanto, a RAM, em 2019, melhorou o seu desempenho a este nível, passando este
índice de 89,49 em 2018 para 90,88 em 2019, mantendo por conseguinte uma
sucessiva evolução positiva desde 2014 (87,06). Na RAA, este índice baixou pelo
quarto ano consecutivo para 82,24 em 2019 (82,34 em 2018).
Quanto ao índice de coesão, os resultados refletem um
país mais equilibrado do que no índice anteriormente referido, pelo menos ao nível
do espaço continental, sendo que em termos de desempenho, a Área Metropolitana
de Lisboa (106,62) continua a superar a média nacional, posição que, passados
três anos, é de novo partilhada com o Centro (100,47). A RAA apresenta o índice
de coesão mais baixo do país (80,01), no entanto ligeiramente superior ao do
ano anterior (79,43). Para a RAM é indicado igualmente um índice abaixo da
média nacional (88,95), mas acima do valor observado no ano transato (87,74).
No que diz respeito ao índice de qualidade ambiental,
os resultados apurados mostram menos dispersão comparativamente aos índices de
coesão e de competitividade, sendo que naquela componente, a RAM volta em 2019
a destacar-se, continuando a apresentar, na desagregação pelas 7 regiões NUTS
II (e mesmo ao nível mais fino de 25 regiões NUTSIII), o melhor desempenho
neste índice (113,15), registando um valor acima do observado em 2018 (109,16).
Neste contexto, importa igualmente destacar o resultado da RAA (106,68), que
também supera a média nacional, apesar da redução face ao ano anterior (106,70).
De salientar que em qualquer dos três índices, a RAM,
em 2019, regista, tal como no índice global, máximos da série iniciada em 2011.
De notar ainda, que comparando os anos de 2011 e 2019 apenas a RAM e o Norte
apresentam melhorias no índice global, substancialmente maiores no primeiro
caso (6,23) do que no segundo (0,91) (Lusa)
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