quinta-feira, junho 10, 2021

Países mais ricos do mundo chegam a acordo “histórico” para taxar multinacionais

 

O grupo do G7 quer implementar uma taxa mínima de 15% sobre empresas que atuam a nível global como a Google, Facebook e a Amazon. Os sete países mais ricos do mundo alcançaram hoje um acordo “histórico” para taxar as empresas multinacionais, anunciou a 5 de junho, o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak.

Segundo a “BBC”, os ministros das Finanças do grupo conhecido por G7 chegaram a acordo no encontro que está a ter lugar em Londres, Reino Unido. A ideia é implementar uma taxa mínima corporativa (IRC) de 15% sobre estas empresas. O G7 é composto pela Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e os Estados Unidos da América.

A proposta foi alcançada um mês antes da reunião do G20, colocando assim pressão sobre mais países para chegarem a acordo. A cobrança de receitas fiscais a estas multinacionais tem se revelado um verdadeiro desafio para países em todo o mundo, por terem operações em muitos países.

No caso da Amazon, a retalhista norte-americana teve receitas de 44 mil milhões de euros em 2020 na Europa, mas não pagou IRC sobre este valor. A companhia tem a sua sede europeia no Luxemburgo, onde declarou perdas de 1,2 mil milhões de euros, não pagando IRC sobre as receitas alcançadas com vendas noutros países.

Esta prática é seguida por várias empresas, e apesar de ser legal, o aumento das críticas a este tipo de atuação pelas empresas, e num momento em que os governos querem arrecadar mais receitas fiscais para ajudar na recuperação das suas economias no pós pandemia Covid-19, criou o ambiente propício para a aprovação desta taxa pelo G7.

O G7 pretende assim que esta taxa tenha um alcance verdadeiramente global para impedir que países possam oferecer a estes empresas refúgios para impedir que esta taxa seja cobrada. Depois, o G7 pretende que as empresas paguem a taxa nos países ondem vendem os seus produtos e serviços e não nos países onde têm as suas sedes regionais e onde declaram os lucros (Económico, texto do jornalista André Cabrita-Mendes)

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