O grupo do G7 quer implementar uma taxa mínima de 15% sobre empresas que atuam a nível global como a Google, Facebook e a Amazon. Os sete países mais ricos do mundo alcançaram hoje um acordo “histórico” para taxar as empresas multinacionais, anunciou a 5 de junho, o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak.
Segundo a “BBC”, os ministros das Finanças do grupo conhecido por G7 chegaram a acordo no encontro que está a ter lugar em Londres, Reino Unido. A ideia é implementar uma taxa mínima corporativa (IRC) de 15% sobre estas empresas. O G7 é composto pela Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e os Estados Unidos da América.
A proposta foi alcançada um mês antes da reunião do G20, colocando assim pressão sobre mais países para chegarem a acordo. A cobrança de receitas fiscais a estas multinacionais tem se revelado um verdadeiro desafio para países em todo o mundo, por terem operações em muitos países.
No caso da Amazon,
a retalhista norte-americana teve receitas de 44 mil milhões de euros em 2020
na Europa, mas não pagou IRC sobre este valor. A companhia tem a sua sede
europeia no Luxemburgo, onde declarou perdas de 1,2 mil milhões de euros, não
pagando IRC sobre as receitas alcançadas com vendas noutros países.
Esta prática é
seguida por várias empresas, e apesar de ser legal, o aumento das críticas a
este tipo de atuação pelas empresas, e num momento em que os governos querem
arrecadar mais receitas fiscais para ajudar na recuperação das suas economias
no pós pandemia Covid-19, criou o ambiente propício para a aprovação desta taxa
pelo G7.
O G7 pretende
assim que esta taxa tenha um alcance verdadeiramente global para impedir que
países possam oferecer a estes empresas refúgios para impedir que esta taxa
seja cobrada. Depois, o G7 pretende que as empresas paguem a taxa nos países
ondem vendem os seus produtos e serviços e não nos países onde têm as suas
sedes regionais e onde declaram os lucros (Económico, texto do jornalista André
Cabrita-Mendes)
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