O
setor do alojamento turístico registou 2,5 milhões de hóspedes e 6,4 milhões
de dormidas em outubro de 2019, correspondendo a variações de +5,4% e +2,1%,
respetivamente (+5,1% e +3,4% em setembro, pela mesma ordem).
- As dormidas de residentes cresceram 0,1% (+4,6% em setembro) e as de não residentes aumentaram 2,7% (+2,9% no mês anterior).
- Em outubro de 2019, a estada média (2,55 noites) reduziu-se 3,2% (-1,0% nos residentes e -4,7% nos não residentes).
- A taxa líquida de ocupação (48,7%) recuou 1,2 p.p. (-1,3 p.p. em setembro).
- Os proveitos totais desaceleraram para 5,4% (+6,8% em setembro), atingindo 387,9 milhões de euros. Os proveitos de aposento (289,1 milhões de euros) cresceram 6,7% (+6,9% no mês anterior).
- O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 50,3 euros, o que se traduziu num aumento de 2,2% (+1,7% no mês anterior) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 84,8 euros (+3,1%, +2,8% no mês anterior).
Dormidas desaceleraram
Em
outubro de 2019, o setor do alojamento turístico registou 2,5 milhões de
hóspedes, que proporcionaram 6,4 milhões de dormidas, refletindo-se em
variações de +5,4% e +2,1%, respetivamente (+5,1% e +3,4% em setembro, pela
mesma ordem).
Em
outubro, o mercado interno contribuiu com 1,6 milhões de dormidas, o que
representou um aumento marginal de 0,1% (+4,6% em setembro). As dormidas dos
mercados externos (peso de 75,5% em outubro) cresceram 2,7% (+2,9% em setembro)
e atingiram 4,8 milhões. Nos primeiros dez meses do ano, as dormidas aumentaram
3,7%, com contributos positivos quer dos residentes (+5,8%), quer dos não
residentes (+2,9%).
Mercado norte-americano mantém crescimento
expressivo
Os
dezasseis principais mercados emissores representaram 85,7% das dormidas de
não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico em outubro.
Com base nos resultados de dormidas em 2018
O
mercado britânico (21,4% do total das dormidas de não residentes) registou um
aumento de 2,7% em outubro. No conjunto dos dez primeiros meses do ano, este
mercado cresceu 1,1%. As dormidas de hóspedes alemães (13,5% do total)
diminuíram 8,9% em outubro. Desde o início do ano, este mercado reduziu-se
6,9%. O mercado francês (8,6% do total) diminuiu 2,6% em outubro e 1,6% desde o
início do ano. As
dormidas de hóspedes espanhóis (7,3% do total) registaram um decréscimo de 5,9%
em outubro. No conjunto dos dez primeiros meses do ano, este mercado aumentou
6,6%. O
mercado norte-americano (6,4% do total) evidenciou-se com um crescimento de
20,5% em outubro. Desde o início do ano, este mercado cresceu 19,7%. Em
outubro, destacaram-se também os mercados chinês (+17,7%) e brasileiro
(+15,6%). Desde o início do ano, o realce vai para os mesmos mercados, com
crescimentos de 16,4% e 14,0%, respetivamente.
Norte e RA Açores destacaram-se com
crescimentos significativos nas dormidas
Em
outubro, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões com exceção do
Algarve (-0,6%) e RA Madeira (-5,9%). O Norte e a RA Açores destacaram-se, com
crescimentos de 7,6%. O Algarve concentrou 30,5% das dormidas, seguindo-se a AM
Lisboa (27,1%) e o Norte (15,6%). Desde o início do ano, são de realçar os acréscimos
no Norte (+9,4%), Alentejo (+7,4%) e RA Açores (+6,6%). Em
termos de dormidas de residentes, em outubro, destacaram-se os crescimentos na
RA Madeira (+11,0%) e na RA Açores (+10,9%) e, em sentido contrário, o
decréscimo registado no Algarve (-4,6%). No conjunto dos dez primeiros meses do
ano, salientaram-se o Alentejo (+11,1%) e a RA Açores (+10,9%). Em
outubro, as dormidas de não residentes aumentaram em todas as regiões exceto na
RA Madeira (-7,9%), destacando-se os crescimentos registados no Norte (+13,7%),
AM Lisboa e Alentejo (+5,4% em ambas). Desde o início do ano, o destaque vai
para a evolução registada no Norte (+11,7%).
Porto evidencia-se com crescimento de 10,1%
nas dormidas desde o início do ano
A
Lisboa corresponderam 20,4% do total das dormidas em outubro, quota que desce
para 19,1% no período de janeiro a outubro. Neste período acumulado, as
dormidas em Lisboa registaram um crescimento de 4,3%. Nos primeiros dez meses
do ano, as dormidas de não residentes representaram 84,5% do total de dormidas
no município, tendo concentrado 22,9% do total nacional das dormidas de não
residentes. Albufeira
apresentou pesos de 12,8% nas dormidas quer em outubro quer no conjunto dos dez
primeiros meses do ano, verificando-se que, neste período, as dormidas
aumentaram 2,3%. As dormidas de não residentes representaram 77,8% do total
neste município e corresponderam a 14,2% do total nacional de dormidas de não
residentes, no conjunto dos primeiros dez meses do ano. O
Funchal representou 6,7% das dormidas totais em outubro e 7,0% desde o início
do ano, período em que 89,3% das dormidas foram de não residentes. Desde o
início do ano, este município registou uma redução de 4,2%. No
Porto registaram-se 7,0% das dormidas totais em outubro e 6,3% do total desde o
início do ano. Os não residentes representaram 83,5% das dormidas registadas no
conjunto dos primeiros dez meses do ano. Desde o início do ano, as dormidas neste
município aumentaram 10,1%. De
janeiro a outubro, entre os municípios mais representativos no total nacional,
Matosinhos sobressaiu com a maior quota de residentes (58,9%), seguindo-se
Braga (50,8%). Neste período, os não residentes foram especialmente predominantes
(93,0%) no município de Santa Cruz (RA Madeira).
AM Lisboa concentrou cerca de metade das
dormidas em hostel
Nos
primeiros dez meses de 2019, as dormidas na hotelaria (82,9% do total)
aumentaram 2,0%, correspondendo ao menor acréscimo de entre os vários segmentos
de alojamento turístico: +14,5% no alojamento local (14,3% do total) e +6,3% no
turismo no espaço rural e de habitação (2,8% do total). Relativamente
ao segmento da hotelaria, o Algarve representou 34,8% das dormidas desde o
início do ano, secundado pela AM Lisboa, com uma quota de 24,4%. No
segmento do alojamento local, desde o início do ano, a AM Lisboa concentrou
37,6% das dormidas, seguindo-se o Norte (quota de 21,1%). No
que respeita ao turismo no espaço rural e de habitação, o Norte concentrou
30,3% das dormidas totais nos primeiros dez meses do ano, seguindo-se o Alentejo
(24,8%) e o Centro (20,3%). Ao
nível do município, Lisboa, Albufeira e Funchal destacaram-se na hotelaria, com
quotas de 17,9%, 15,0% e 7,7%, respetivamente, no período de janeiro a outubro.
No caso do alojamento local, Lisboa e Porto representaram 29,4% e 11,6% do
total de dormidas, respetivamente. Relativamente
a dormidas em hostel, verifica-se que desde janeiro a AM Lisboa concentrou
49,7% do total do país, com destaque para o município de Lisboa (40,1% do total
nacional), sendo ainda de referir o Norte (23,9%) e, em particular, o município
do Porto (16,5% do total nacional).
Estada média reduziu-se, principalmente nos
não residentes
Em
outubro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,55
noites) reduziu-se 3,2%. A estada média dos residentes recuou 1,0% e a dos não
residentes reduziu-se 4,7%. Neste mês, nenhuma região registou crescimento
neste indicador, sendo de realçar os decréscimos registados no Alentejo (-4,3%)
e na AM Lisboa (-2,9%). Na RA Madeira e Algarve as estadas médias atingiram
4,94 noites e 4,21 noites, respetivamente.
Taxa de ocupação manteve diminuição
A
taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico
(48,7%) recuou 1,2 p.p. em outubro (-1,3 p.p. em setembro). As taxas de
ocupação mais elevadas registaram-se na AM Lisboa (61,8%) e RA Madeira (56,6%). Em
outubro, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico
atingiram 387,9 milhões de euros no total e 289,1 milhões de euros
relativamente a aposento, correspondendo a crescimentos de 5,4% e 6,7%, respetivamente,
inferiores aos acréscimos registados em setembro (+6,8% e +6,9%, pela mesma
ordem). Em
termos de evolução dos proveitos nas várias regiões, em outubro, destacaram-se
as evoluções registadas no Alentejo (+15,4% nos proveitos totais e +14,7% nos
de aposento), RA Açores (+11,8% e +13,6%, pela mesma ordem) e Norte (+11,7% e
+12,1%). Em
outubro, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de
alojamento.
Na
hotelaria, os proveitos totais e de aposento (peso de 88,8% e 87,1% no total do
alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 4,0% e 5,3%. Considerando
as mesmas variáveis, os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,8% e
10,4%) destacaram-se com aumentos de 19,9% e 19,1%, respetivamente, enquanto no
turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 2,5% e 2,6%) se
observaram subidas de 8,0% e 9,4%, pela mesma ordem. No
conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por
quarto disponível (RevPAR) situou-se em 50,3 euros em outubro, o que
correspondeu a um aumento de 2,2% (+1,7% em setembro). Na AM Lisboa, este
indicador ascendeu a 89,0 euros, seguindo-se o Norte (48,3 euros) e o Algarve
(43,7 euros). Destaque ainda para os crescimentos registados no Alentejo e RA
Açores (+8,5% em ambas as regiões). A
variação do RevPAR em outubro situou-se em +3,2% na hotelaria, +3,3% no
alojamento local e +1,4% no turismo no espaço rural e de habitação. No
conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por
quarto ocupado (ADR) atingiu 84,8 euros em outubro, o que se traduziu num
aumento de 3,1% (+2,8% em setembro). Na AM Lisboa o ADR ascendeu a 115,3 euros,
seguindo-se o Norte (84,8 euros) e o Alentejo (76,2 euros).
Atividade de alojamento – síntese global
Em
outubro, considerando a globalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de
alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude),
registaram-se 2,6 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas, correspondendo
a crescimentos de 4,4% e 1,5%, respetivamente (+4,5% e +3,1% em setembro,
respetivamente). As dormidas de residentes diminuíram 1,4% (+3,6% em setembro)
e as de não residentes aumentaram 2,5% (+2,8% no mês anterior).
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