O Conselho de Administração do Banif demarca-se, numa carta enviada aos colaboradores, da solução encontrada de venda do banco ao Santander, alegando que "não foi ouvido nem incluído nas negociações" desenvolvidas pelas autoridades. "A opção que agora foi encontrada pelas autoridades não é a solução deste Conselho de Administração, que não foi ouvido nesta decisão, nem incluído nas negociações que a concretizaram", lê-se na carta do Banif a que a Lusa teve hoje acesso. Na missiva, com data de domingo, o Conselho de Administração, que agora cessa funções, salienta que a venda do Banif encerra "um ciclo de vários anos de luta pela sobrevivência do banco, enquanto entidade prestadora de serviços bancários universais, autónoma e independente". O Conselho de Administração lamenta "profundamente" que "todos os esforços desenvolvidos não tenham sido suficientes" para dotar o Banif de uma "estrutura acionista estável, com um investidor de referência apto a aportar os capitais de que o banco necessitaria para prosseguir a estratégia de negócio delineada, vendendo a posição do Estado português numa operação de mercado, com criação de valor para os seus acionistas e clientes".
"Estamos todavia seguros de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para alcançar tais objetivos e que tal só não foi possível por circunstâncias que não puderam ser previstas", acrescenta o documento, que termina com um agradecimento a todos os colaboradores pelo "inexcedível esforço e dedicação". Governo e o Banco de Portugal optaram pela venda doBanif ao Banco Santander Totta, por um valor de 150 milhões de euros, no âmbito da medida de resolução aplicada ao banco cuja maioria do capital pertencia ao Estado português, de forma a impedir a sua liquidação (DN-Lisboa)
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