Vários gestores do Banif estão com as contas congeladas. A notícia é avançada pela edição deste sábado do semanário “Sol”, que acrescenta que o congelamento só será revertido caso os administradores comprovem que não estão de alguma forma envolvidos com o colapso do banco. Segundo o mesmo jornal, administradores e acionistas já perderam milhares de euros com o dinheiro que tinham em ações e obrigações. António Varela, do Banco de Portugal, é um dos visados e terá perdido cerca de 50 mil euros. Outros dos nomes divulgados são o de Luís Amado (presidente do Conselho de Administração do Banif), Jorge Tomé (vice-presidente do Conselho de Administração do Banif) e de Teresa Roque (antiga presidente do Conselho estratégico do Banif). Com o colapso do Banif - à semelhança do que aconteceu como BES – , o banco foi dividido em bom e mau. O Santander ficou com os ‘ativos bons’, enquanto os ativos problemáticos, as operações no exterior e 49% da Açoreana vão para o veículo do Estado, a Naviget (que obrigou a realização de um Orçamento Retificativo no valor de €2,255 mil milhões), para futura venda (Expresso)
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... e António Costa culpa troika e anterior Governo
A troika e o anterior Governo têm, para António Costa, responsabilidades no caso Banif. A troika por ter estado “desatenta ao sistema financeiro” e pouco ter feito pela regulação do setor bancário, o anterior Governo por não ter tomado as decisões necessárias para resolver os problemas do banco.
“A troika andou excessivamente preocupada a procurar problemas no Estado, nas autarquias, nas freguesias e nas regiões, e bastante desatenta ao que acontecia no sistema financeiro”, criticou o primeiro-ministro português em entrevista ao “Jornal de Notícias”. E relembra que “já vamos em duas resoluções bancárias”, o que indica que era para aí que “também se devia ter olhado”. Para além dos credores, o chefe de Governo não esquece os seus antecessores. Costa considera que o PSD/CDS pouco ou nada fizeram e que se tivesse sido tomada uma decisão há três anos (e não “em três semanas, “em condições adversas e com custos pesados”) os custos seriam menores. Ainda assim (apesar da injeção de 2,2 milhões de euros no Banif), o atual primeiro-ministro afasta a possibilidade de aumento de impostos, sublinhando que o seu programa de Governo foi “prudente e conservador” de modo a preparar o Orçamento de acordo com as promessas do seu partido. E confirma que, quando durante a campanha eleitoral anunciava surpresas nas contas públicas, era do Banif que estava a falar (Expresso)
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