Dois meses depois das eleições, os socialistas ganham
terreno. PS e PSD registam agora praticamente o mesmo valor. Mas a direita
somada ainda garante uma distância confortável. Se no barómetro de novembro o
PS tinha conseguido segurar o resultado das legislativas (32,3%), no estudo
deste mês os socialistas têm um bónus: crescem 1,2 pontos percentuais. É um bom
sinal para o partido, sobretudo depois da contestação em torno da solução de
Governo encontrada por António Costa e as esquerdas.
Outro dado a assinalar, e igualmente positivo para o Largo
do Rato, é o facto de o PS estar agora num claro empate técnico com os sociais-democratas.
Desta vez, e agora que a PàF se desfez, PSD e CDS foram avaliados
separadamente. Ainda assim, se somarmos os resultados dos partidos de Passos
Coelho e de Paulo Portas, a direita continua a garantir uma distância
confortável face ao PS: 41% contra 33,7%. Se fizermos a mesma conta mas para a
frente de esquerda, PS, BE e PCP chegam aos 51%. E se acrescentarmos o PAN, o
valor passa para os 52,3%.
No quem é quem da popularidade, a porta-voz do BE é a
cabeça de cartaz. Vista a diferença face ao último barómetro, Catarina Martins
é a mais bem cotada, Passos Coelho aparece logo a seguir. Nos que levam nota
positiva, o líder do PS foi o que menos cresceu, mas ainda assim é o que
regista o melhor saldo entre as opiniões negativas e positivas.
FICHA TÉCNICA
Estudo de opinião efetuado pela Eurosondagem S.A para
o Expresso e SIC, de 3 a 9 de dezembro de 2015.
Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores selecionados e
supervisionados. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal
Continental e habitando lares com telefone da rede fixa. A amostra foi
estratificada por região: Norte (20,4%) - A.M do Porto (13,5%); Centro (30%) -
A.M de Lisboa (26,3%) e Sul (9,8%), num total de 1015 entrevista validadas.
Foram efetuadas 1248 tentativas de entrevistas e, destas, 233 (18,7%) não
aceitaram colaborar neste estudo. A escolha do lar foi aleatória nas listas
telefónicas e o o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez
anos há menos tempo, e desta forma resultou, em termos de sexo: Feminino -
51,7%; Masculino - 48,3% e, no que concerne à faixa etária dos 18 aos 30 anos -
16,7%; dos 31 aos 59 - 50,5% e com 60 anos ou mais - 32,8%. O erro máximo da
amostra é de 3,08%, para um grau de probabilidade de 95,0%. Um exemplar deste
estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação
Social (Expresso, texto de Bernardo Ferrão)
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